A opositora e ex-presidente argentina Cristina Kirchner foi a pré-candidata a senadora mais votada na província de Buenos Aires, o maior distrito do país, durante as primárias de 13 de agosto, informou a Justiça eleitoral nesta terça-feira com base em resultados definitivos.
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O presidente Mauricio Macri (2015 - 2019) conseguiu, contudo, sair fortalecido de seu primeiro teste nas urnas, depois que a frente governista Cambiemos obteve a maior porcentagem de votos na cidade de Buenos Aires, em Córdoba e Mendoza.
Nas primárias argentinas não há ganhadores nem perdedores. As eleições são obrigatórias para os 33 milhões de eleitores e servem como uma medição de forças e apoios políticos.
Kirchner recolheu 3.229.194 votos (34,27%) na província de Buenos Aires. É o distrito mais populoso em quase 40% do padrão nacional. Atrás, ficou o macrista Esteban Bullrich, com 3.208.870 sufrágios (34,06%).
"Houve uma forte polarização entre o governismo e o kirchnerismo", disse ao canal TN o cientista político Rosendo Fraga.
Os candidatos se apresentarão às eleições legislativas de 22 de outubro.
A ex-presidente conseguiu o maior número de votos individuais, que nenhum outro candidato no país devido ao forte peso eleitoral da província de Buenos Aires.
O resultado no poderoso distrito era o único que faltava ser apurado.
Peronismo dividido
A frente Cambiemos foi a única aliança que se apresentou todo o país. O opositor peronismo se encontra dividido, sem uma figura política federal que o una, apesar de ter maioria no Senado e a maior minoria na Câmara dos Deputados.
Listas kirchneristas (peronistas e centro-esquerdistas) foram as mais votadas em Santa Fé e Tucumán. O macrismo aspira aumentar o peso de suas bancadas na próxima legislação.