ARGENTINA

Cristina Kirchner é convocada pela Justiça por caso de propinas

Kirchner deverá ser interrogada no dia 9 de novembro

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Publicado em 25/08/2017 às 18:26
Foto: Alejandro Pagn / AFP
Kirchner deverá ser interrogada no dia 9 de novembro - FOTO: Foto: Alejandro Pagn / AFP
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Um juiz federal convocou nesta sexta-feira (25) a ex-presidente argentina e candidata a senadora Cristina Kirchner a comparecer por supostas propinas e lavagem de dinheiro, em meio à campanha para as eleições legislativas de 22 de outubro.

Kirchner, de 64 anos, deverá ser interrogada em 9 de novembro pelo juiz Julián Ercolini. Cinco dias depois os seus filhos, Máximo e Florencia, terão que prestar depoimento.

A convocação foi conhecida em um momento em que Kirchner está em campanha à frente da Unidade Cidadã (UC), uma nova aliança de peronistas e centro-esquerdistas.

A UC enfrenta o governo - coalizão de social-democratas e direita - do presidente Mauricio Macri na província-chave, a de Buenos Aires, com quase 40% do colégio eleitoral.

Em prisão preventiva por este caso estão Víctor Manzanares, contador da família Kirchner, e Lázaro Báez, empresário próximo ao grupo.

O caso foi iniciado por uma rival de Kirchner nas eleições, a deputada Margarita Stolbizer, candidata a senadora pelo grupo 1País, que fez alianças temporárias com o governo no Congresso.

Os Kirchner são acusados de receber propinas de Báez em troca de beneficiá-lo ao outorgar obras públicas na província de Santa Cruz, Patagônia.

O suposto procedimento consistia em cobrar ao empresário aluguéis de quartos no hotel da família "Los Sauces", nome pelo qual é conhecida a ação. A justiça suspeita que esses espaços do hotel nunca tenham sido ocupados por inquilinos.

Kirchner e seus partidários afirmam que o caso "Los Sauces", entre outros que a envolvem, são falsas acusações orquestradas com juízes próximos ao governo para perseguir e calar a oposição.

A ex-presidente também denunciou que o governo manipulou as cifras da votação provisória das primárias de 13 de agosto. A recontagem dos votos foi parada quando faltavam 5% das sessões - o macrismo alcançava uma pequena vantagem sobre o kirchnerismo (34,19% a 34,11%).

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