Reino Unido

Imigrantes europeus e emigrantes britânicos unem forças ante Brexit

Cidadãos europeus residentes do Reino Unido e britânicos que vivem na União Europeia se uniram hoje (13) para reivindicar seus direitos diante do Brexit.

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Publicado em 13/09/2017 às 16:09
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Cidadãos europeus residentes do Reino Unido e britânicos que vivem na União Europeia se uniram hoje (13) para reivindicar seus direitos diante do Brexit. - FOTO: Foto: AFP
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Centenas de cidadãos europeus residentes do Reino Unido e de britânicos que vivem na União Europeia se uniram nesta quarta-feira (13) pela primeira vez em Londres para reivindicar que seus direitos sejam respeitados diante do Brexit. 

Primeiro foram ao Parlamento e se reuniram com deputados, e nesta tarde estavam previstas manifestações nas ruas da capital britânica.

"Pedimos aos eleitores que entrassem em contato com os seus deputados e se reunissem com eles no Parlamento", contou à AFP Nicolas Hatton, um dos fundadores da organização de imigrantes europeus the3Million. 

"Duzentos (deputados) responderam positivamente e vamos informá-los sobre as nossas demandas, que são basicamente manter os direitos que temos agora, assegurarmos que eles serão garantidos durante a nossa vida", acrescentou. 

A situação dos três milhões de europeus que vivem no Reino Unido e do milhão de britânicos que vivem na UE é um dos pontos mais contenciosos nas negociações entre Londres e Bruxelas. 

Os cidadãos europeus da UE têm direito de residir em qualquer país que pertença ao bloco e possuir exatamente os mesmos direitos que os nativos. Isso pode mudar a partir de março de 2019, quando o Brexit será consumado.

Londres oferece aos cidadãos europeus que já estão no país mantenham os mesmos direitos que possuem agora. Porém, a oferta gera dúvidas, uma vez que o governo de Theresa May quer abandonar a jurisdição da justiça europeia, que é a que vela para que esses direitos sejam mantidos.

"Queremos elevar as discussões nesse tema", disse à AFP Jane Golding, presidente da associação Britânicos na Europa. 

"Compreensivelmente, os cidadãos europeus no Reino Unido estão mais presentes e as pessoas são mais conscientes sobre a sua situação que da nossa", complementou Golding. 

"Há a ideia equivocada de que todos estamos bem, e de que nossos direitos simplesmente serão garantidos", ressaltou. 

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