CRIMINOSO

Enfermeiro é suspeito de ter matado 106 pacientes na Alemanha

No final de agosto, os investigadores anunciaram que este enfermeiro, que já tinha sido condenado à prisão perpétua em 2015 por dois assassinatos e quatro tentativas

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 09/11/2017 às 16:11
Foto: CARMEN JASPERSEN / DPA / AFP
No final de agosto, os investigadores anunciaram que este enfermeiro, que já tinha sido condenado à prisão perpétua em 2015 por dois assassinatos e quatro tentativas - FOTO: Foto: CARMEN JASPERSEN / DPA / AFP
Leitura:

Um enfermeiro alemão, Niels Högel, já condenado por assassinato e tentativa de homicídio, é agora suspeito de ter provocado 106 mortes, anunciaram nesta quinta-feira fontes da investigação.

No final de agosto, os investigadores anunciaram que este enfermeiro, que já tinha sido condenado à prisão perpétua em 2015 por dois assassinatos e quatro tentativas, era suspeito de ter matado ao menos outros 90 pacientes.

Nesta quinta-feira (9), a polícia e promotores confirmaram outras 16 mortes, elevando o balanço total para ao menos 106 pacientes nos dois hospitais onde Högel trabalhou entre 1999 e 2005, em Delmenhorst e Oldenburgo.

Ainda estão sendo realizadas análises toxicológicas de outros cinco casos na Alemanha, afirmaram a promotoria e a polícia de Oldenburgo (norte) em um comunicado conjunto.

Um porta-voz da promotoria disse à AFP que uma "exumação tinha sido solicitada às autoridades turcas em três casos". Estas pessoas, falecidas na Alemanha, foram enterradas na Turquia. 

"Uma acusação por parte da promotoria contra Niels (Högel) poderia provavelmente ocorrer no início do ano que vem", segundo o comunicado.

Único caso

O chefe da investigação, Arne Schmidt, considerou este caso "único na história da República Federal".

Niels Högel, de 41 anos, cometeu a maioria dos assassinatos injetando overdose de medicamentos em pacientes que estavam em unidades de tratamento intensivo. 

Não tinha "preferência" de idade ou sexo para escolher suas vítimas, mas "preferia os pacientes que se encontravam em estado muito crítico", explicou Schmidt. 

Últimas notícias