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Senadores aprovam impeachment de Dilma

Após cinco dias de julgamento, sai o veredito da petista

JC Online
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Publicado em 31/08/2016 às 13:36
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Após cinco dias de julgamento, sai o veredito da petista - FOTO: Foto: AFP
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O último capítulo do impeachment, iniciado em dezembro de 2015, acabou no início da tarde desta quarta-feira (31). Os senadores aprovaram por 61 votos a 20 a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), eleita com 54 milhões de votos em 2014. Não houve abstenção. Minutos depois, houve uma segunda votação, para decidir se Dilma deveria perder os direitos políticos por oito anos. Nesse segundo momento, 42 senadores votaram para que ela perdesse os direitos políticos; 36 votaram para que ela mantivesse os direitos; três se abstiveram. Como eram necessários 54 votos (dois terços dos senadores), ela manteve os direitos políticos.

Veja em 13 atos o que aconteceu com Dilma Rousseff:

Hoje, eram necessários 28 votos para evitar a perda do mandato e a cassação dos direitos políticos da presidente. O crime de responsabilidade fiscal é o motivo oficial para o julgamento, mas o que se viu nos últimos nove meses foi uma queda de braço incansável entre governo e oposição. Dilma estava afastada do cargo desde o último dia 12, quando Michel Temer assumiu a presidência de forma interina. 

Michel Temer

Michel Temer (PMDB) será empossado ainda na tarde desta quarta-feira (31). No plenário da Câmara, uma cerimônia simples, às 16h, será realizada antes dele seguir em viagem para a China.

FACEBOOK

Minutos antes do início da votação, Dilma publicou uma mensagem no seu perfil oficial do Facebook repetindo trecho do discurso que fez no Senado na última segunda (29). “Lutei por um Brasil soberano, mais igual e onde houvesse Justiça. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes”. 

Na abertura da sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, à frente do julgamento, afirmou que o relatório do impeachment tem 27.400 páginas.

Em menos de 30 anos, este é o segundo impeachment de um presidente no Brasil. Fernando Collor, que hoje votou pela deposição da petista, também teve o mandato cassado em 1992.

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