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Não me pauto por pesquisa, diz Paulo Câmara sobre levantamento da Uninassau

Paulo Câmara admitiu "momento de dificuldade" e defendeu sua gestão comparando a situação de Pernambuco com outros Estados

Marcela Balbino e Paulo Veras
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Marcela Balbino e Paulo Veras
Publicado em 04/04/2017 às 7:37
Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Paulo Câmara admitiu "momento de dificuldade" e defendeu sua gestão comparando a situação de Pernambuco com outros Estados - FOTO: Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
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Em meio às críticas dos opositores, após a divulgação da pesquisa de popularidade do seu governo, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Uninassau, o governador Paulo Câmara (PSB) evitou rebater os números e afirmou que faz o trabalho sem se pautar por sondagens. “Não me pauto por pesquisa, nunca me pautei. Tenho um trabalho a fazer. O momento é de muita dificuldade. A gente viu o que está acontecendo nos outros Estados. Pernambuco está de pé, trabalhando e buscando melhorar os serviços públicos”, afirmou o socialista, ontem, após a posse da nova Mesa Diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

Paulo evitou se estender sobre o assunto, em contraste à forte reação do PSB no fim de semana com a divulgação da pesquisa. Segundo o levantamento, publicado no domingo pelo JC, 74% dos pernambucanos desaprovam a atual administração e apenas 16% estão satisfeitos com o governo. Os outros 10% não souberam ou não quiseram responder. A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, a pesquisa também apontou Paulo como o pior governador da história de Pernambuco, segundo 42,3% dos entrevistados.

REAÇÃO NA ALEPE

O resultado causou irritação na base do governo na Assembleia Legislativa (Alepe). Entre os parlamentares, nessa segunda-feira (3), já houve quem admitisse, em anonimato, que o governador pode se inviabilizar, abrindo espaço para a tese de uma “candidatura alternativa” em 2018. Há quem tema uma briga interna no PSB entre o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o senador Fernando Bezerra Coelho.

Desde o final de semana, governistas se queixavam dos problemas de comunicação do governo e do isolamento de Paulo, que não teria posição clara sobre temas polêmicos, como reforma da previdência e terceirização.

“É o momento de intensificar ações voltadas para a segurança, ampliar o quantitativo de pessoal e restabelecer a sensação de segurança”, afirmou o líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), mirando o tema que é o principal problema do Estado para 41,3% dos entrevistados. “Nos dois anos, (a comunicação) foi insuficiente para informar a sociedade do que está sendo feito.”

Isaltino também disse que a alta rejeição não atrapalha o projeto de reeleição do governador, classificou os resultados como circunstanciais e lembrou que eles não se traduzem em voto para a oposição.

No domingo, o PSB, soltou uma nota assinada pelo presidente estadual da legenda, Sileno Guedes, questionando a entidade que realizou a sondagem. No texto, ele destaca que o “instituto nunca acertou nada em Pernambuco” e critica o senador Armando Monteiro Neto (PTB), um dos nomes que se colocam como candidato em 2018. Apesar da afirmação, nas últimas eleições, a Uninassau acertou todos os resultados, inclusive os que mostravam vitórias dos socialistas.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) também divulgou nota, mas num tom mais analítico. Na avaliação de Danilo, a crise afetou os dois primeiros anos de governo e, por isso, Paulo Câmara centrou esforços na “preservação do equilíbrio fiscal do Estado”.

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