ECONOMIA LOCAL

Com alta da conta de luz e da gasolina, prévia da inflação no Grande Recife sobe pelo segundo mês seguido

A alta ocorre pelo segundo mês consecutivo na Região Metropolitana do Recife. Trata-se do terceiro maior índice entre as 11 localidades pesquisadas pelo IBGE.

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José Matheus Santos

Publicado em 25/06/2021 às 11:48 | Atualizado em 25/06/2021 às 11:55
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Com alta de 1,08% em junho, a prévia da inflação voltou a subir na Região Metropolitana do Recife, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.

A alta ocorre pelo segundo mês consecutivo na Região Metropolitana do Recife. Trata-se do terceiro maior índice entre as 11 localidades pesquisadas pelo IBGE.

No levantamento, o Grande Recife está atrás de Porto Alegre (11,8%) e Salvador (1,14%). Em maio, o IPCA havia sido de 0,65% no Grande Recife. No Brasil, a alta foi menos intensa: 0,83%.

No acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife fica em segundo lugar no ranking das maiores altas do IPCA-15, com 5,01%, atrás apenas de Fortaleza (5,53%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Grande Recife está na quarta posição, com alta de 9,10%, superado por Fortaleza (10,08%), Curitiba (9,85%) e Goiânia (9,19%).



O IPCA-15 mede as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços cujos preços foram coletados entre 14 de maio e 14 de junho. Todos tiveram aumento, sendo o maior deles na categoria Habitação, com elevação de 2,87%, ainda impactada pela alta na tarifa de energia elétrica ocorrido em 29 de abril e pelo acionamento da bandeira vermelha patamar dois em junho, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 kilowatts/hora consumidos.

A segunda maior alta foi registrada no segmento de Transportes, com 1,93%, puxada pela variação positiva nos transportes por aplicativo e no etanol. O setor de Vestuário ficou em terceiro lugar, com 1,64%, seguido por Artigos de Residência (1,48%).

Já o grupo de Alimentos e bebidas, que individualmente tem o maior peso no IPCA-15, está na quinta posição, com avanço de 0,45% frente o mês anterior. Despesas pessoais (0,33%), Comunicação (0,26%), Saúde e cuidados pessoais (0,07%), e Educação (0,03%) completam a lista.

A elevação dos preços nos grupos de habitação e transportes foi uma tendência detectada pelo IPCA-15 ao longo de todo o primeiro semestre de 2021. O gás de botijão, por exemplo, aumentou 16,22% desde janeiro, enquanto a energia elétrica residencial teve alta de 10,22%. Já os combustíveis para veículos em geral subiram 27,16%, incluindo a gasolina (26,67%), o etanol (40%) e o óleo diesel (23,5%).

No IPCA-15 de junho, os produtos e serviços que tiveram maior reajuste foram o fígado (9,50%), o tomate (8,77%), e o transporte por aplicativo (8,52%). A energia elétrica residencial está em quarto lugar, com alta de 7,61%. Na sequência, estão o melão (7,61%) e o etanol (6,75%). Outro destaque foi a alta de 3,82% na gasolina, subitem que tem o maior impacto individual no índice.

As reduções mais expressiva nos preços em junho ocorreram entre os alimentos. Foi o caso da cebola, que teve a maior retração, de 16,84%, da melancia (-14,84%), da batata-inglesa (-13,48%), da cenoura (-11,62%) e da maçã (-8,95%). O arroz, por exemplo, que sofreu sucessivas altas de preço ao longo de 2020, teve queda de 0,82%.

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