DE OLHO EM 2022

Após ser hostilizado em manifestação, Ciro Gomes se encontra com Datena

Pré-candidato se encontrou com apresentador, que pode se filiar ao PDT

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Augusto Tenório

Publicado em 04/10/2021 às 8:57
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Ciro Gomes, após ser alvo de vaias e tentativa de agressão durante manifestação na Avenida Paulista, se encontrou com José Luiz Datena. Eles jantaram em São Paulo (SP) e as conversas sobre uma possível candidatura do jornalista como vice do pedetista em 2022 avançaram, como relata o Estadão.

Trata-se do primeiro encontro presencial entre Ciro Gomes e José Luiz Datena. O apresentador, vale lembrar, é filiado ao PSL desde julho, mas aguarda a definição sobre a fusão do seu partido com o DEM para traçar seu futuro. Em setembro, o comunicador foi convidado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, para ingressar no seu partido.

Também em setembro, Carlos Lupi afirmou ao Estadão que, no PDT, Datena poderia lançar candidatura ao Governo de São Paulo ou ao Senado. Na última pesquisa Ipec, feita no final de setembro considerando cenário com dez candidatos, Ciro Gomes teve 6% das intenções de voto, enquanto o apresentador teve 3%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Após ato, Ciro Gomes diz que não será intimidado

Os protestos contra Jair Bolsonaro (sem partido) nesse sábado, 2 de outubro, mostraram não somente o descontentamento de parcela da população contra o mandatário brasileiro. Mostrou-se, também, a desavença entre opositores ao presidente, com ápice nas vaias e tentativa de agressão contra Ciro Gomes (PDT-CE) na Avenida Paulista. O pré-candidato, porém, disse que não será intimidado.

"Fui com o peito aberto e a coragem que Deus sempre me deu. E sabendo, de antemão, que poderia enfrentar a fúria e a deselegância de alguns radicais. Os radicais, seja da esquerda ou da direita, nunca me intimidaram e nunca me intimidarão, nunca me impedirão de ir à luta em favor da democracia, porque as ruas não tem dono e a democracia não tem senhores", disse Ciro Gomes em vídeo publicado no seu Twitter.

O pré-candidato à presidência foi vaiado por parte dos manifestantes durante discurso na Avenida Paulista. Após a fala, um grupo de militantes encontrou o ex-governador do Ceará no carro onde ele, ao lado de Carlos Lupi, presidente do PDT, deixaria o local. Um deles tentou jogar uma garrafa no político, mas foi contido por policiais. Outros arremessaram objetos no veículo.

De acordo com Antônio Neto, presidente do PDT - São Paulo, os militantes eram ligados ao Partido dos Trabalhadores, à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Partido da Causa Operária (PCO).

A deputada Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT, classificou a situação como um "incidente lamentável" e diz que esse tipo de atitude nunca foi orientada pelo partido.

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