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PETS: de acordo com estudo, Pugs já não são mais 'cachorros naturais'; entenda

A raça é mais propensa a sofrer com diversos problemas de saúde

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Cadastrado por

Lívia Almeida

Publicado em 20/05/2022 às 20:43
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Se você ama os doguinhos da raça Pug, essa pode ser uma notícia triste: de acordo com estudo publicado na Canine Medicine and Genetics, os cachorros dessa raça já não podem mais ser considerados um "cão natural".

Isso acontece porque, de acordo com a pesquisa feita pelo Royal Veterinary College (RVC), no Reino Unido, os Pugs tem uma probabilidade duas vezes maior de sofrer com um ou mais distúrbio de saúde por ano. Do ponto de vista científico, essa propensão não pode ser considerada normal.

Além disso, os estudiosos que participaram da pesquisa reforçaram que são necessárias ações urgentes para reduzir a alta taxa de problemas de saúde relacionados à raça. E uma dessas ações seria que as pessoas parassem de comprar o animal.

O Pug tem feições fofas como focinho achatado, corpo gordinho e rabo enrolado, que chamam atenção. Mas são exatamente esses fatores que pioram a saúde do animal.

Segundo Dan O'Neill, principal autor do estudo, "embora extremamente populares como pets, agora sabemos que vários problemas graves de saúde estão ligados à forma corporal extrema dos Pugs que muitos humanos acham tão fofo. (...) Agora é hora de nos concentrarmos na saúde do cão, e não nos caprichos do dono, quando estamos escolhendo que tipo de cão ter".

O estudo comparou a saúde de 4.308 Pugs e 21.835 não-Pugs. Foi assim que chegaram ao resultado de que a raça de focinho achatado é cerca de 1,9 vezes mais predisposta a ter um ou mais distúrbios no período de um ano, em comparação a outros cães.

Os maiores problemas ocorrem por conta da braquicefalia, doença que obstrui as vias aéreas: os Pugs tem 54 vezes mais chances de sofrer por conta dessa condição. Outros fatores que apresentam riscos são narinas estreitadas, obesidade e infecções nas dobras cutâneas.

"Enquanto essas características extremas e insalubres permanecerem, continuaremos a recomendar fortemente que os proprietários em potencial não comprem raças braquicefálicas, como Pugs", finaliza Justine Shotton, presidente da British Veterinary Association (BVA).

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