Como é?

Tubarão nasce em aquário onde fêmeas vivem sem machos há mais de 10 anos

O 'baby shark' vai passar por análises para confirmar se o caso pode ser registrado como partenogênese

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Rafael Santos

Publicado em 20/08/2021 às 20:37 | Atualizado em 20/08/2021 às 21:02
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É isso mesmo que você leu no título. Em um aquário, habitado só por fêmeas, nasceu um tubarão fêmea. O caso que vem intrigando aconteceu na Itália, no Aquário de Cala Gonone, Sardenha. O filhote foi concebido de maneira assexuada, ou seja, sem a conjugação de material genético.

De acordo com os diretores do aquário, a mãe é uma das fêmeas da espécie cação-liso que vivem no tanque há mais de dez anos e nunca tiveram contato com tubarões machos.

Dessa forma, eles dizem que é impossível que a fecundação do óvulo tenha acontecido a partir de um espermatozoide depositado na mãe. Mas o que rolou aqui?

Partenogênese

Algumas análises ainda serão realizadas para a confirmação do caso de partenogênese, que é quando a mãe fecunda a si mesma, sem a interferência de um macho.

Uma célula-ovo imatura, pode ter se comportado quase como um espermatozoide. Sendo confirmado, a 'bebê tuba' seria um clone da genitora. A 'tubarãozinha' foi batizada de Ispera, que quer dizer 'Esperança'. 

O Aquário de Cala Gonone vai realizar análises do DNA para confirmar se o nascimento da 'bebezinha tubaroa' foi um caso de partenogênese.

Mais comum do que parece

Christine Dudgeon, PhD em Biologia da Universidade de Queensland, explica que a partenogênese pode ser uma forma de defesa da espécie para se perpetuar, mesmo quando há a ausência de machos. "Os genes da mãe são transmitidos de fêmea para fêmea até que haja machos disponíveis para acasalar", contou em entrevista ao jornal New Scientist.

No Aquário de Reef, há quase seis anos, uma fêmea de tubarão também deu a luz após passar quatro anos sem contato com tubarões machos. A diferença é que nesse caso, não foi um filhote. Foram três.

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