HISTÓRIAS DO FUTEBOL

Saiba como e quem foi que transformou o desconhecido Edinaldo no famoso Grafite

Estevam Soares era técnico da Matonense-SP quando apelidou o jovem atacante, numa referência a um ex-jogador do Guarani

Imagem do autor
Cadastrado por

Marcelo Cavalcante

Publicado em 08/08/2021 às 16:08 | Atualizado em 09/08/2021 às 10:19
Notícia
X

Quando decidiu encerrar a carreira de jogador, no início dos anos 90, quando atuava no Primaeira-SP, Estevam, naturalmente, virou a chave. Adotou o Soares como sobrenome profissional e iniciou a carreira de treinador. E nessa sua nova função, fez amigos e colecionou histórias. Uma delas, com um jovem atacante que despontava nos times de várzea de São Paulo, chamado Edinaldo Batista Libânio. Foi Estevam que o chamou pela primeira vez por um apelido que o ajudou a ser conhecido no Brasil e no Mundo: Grafite.

O ano era de 2001 e Estevam estava na Matonense-SP. O trabalho estava no começo da temporada, base do elenco já estava montado para a disputa do Paulistão. Mas o radar estava ligado no mercado para encontrar um atacante para compor o elenco. Estevam lembra que recebeu a ligação do seu assistente técnico e amigo Gérson Sodré, dizendo... "rapaz, tem um garoto aqui que tem o perfil que você gosta. Alto, forte, finalizador." Em confiança ao amigo Sodré, já pediu para que Edinaldo fosse ao clube no treino.

"Era um momento difícil. Eu havia deixado a Ponte Preta e estava naquela fase na Matonense em que buscava contato para montar a equipe. Então, não havia porque não vê-lo treinar. Edinaldo apareceu, conversamos e já foi pro treino. Mas foi um momento difícil, pois passamos alguns dias sem os resultados positivos surgissem e a diretoria já pressionava".

Estevam conta que num dos treinos, quando foi falar com o então Edinaldo, esqueceu o nome dele e resolveu colocar um apelido. "Muitas pessoas pesam que era questão de preconceito. Nunca teve nada disso. Na hora que falei com ele, deu um branco geral. Só veio na cabeça um ex-atacante do Guarani que se chamava Grafite. Chamei ele assim e ele estranhou. Mas acabou adotando", conta o técnico. E como Edinaldo não gostou e mostrou resistência à brincadeira do técnico, mais o apelido ganhou força. "O apelido deu tão certo que para trazer sorte coloquei o nome da minha empresa esportiva de LS Grafite", diz.

Grafite, inicialmente, não gostou muito. Talvez por isso o apelido tenha ganhando força. Com o tempo, foi encarando com naturalidade e o Grafite acabou sendo seu nome no futebol.  O ex-atacante do Santa Cruz, que hoje atua como comentarista esportivo, tem um carinho especial com Estevam. "Ele é meu pai, meu irmão, meu amigo....". Grafa, como também é conhecido, gravou um vídeo para contar como tudo aconteceu numa tarde de 2001. Confere: 

VEJA MAIS CONTEÚDO

Tags

Autor