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Pia projeta seleção feminina com estilos diferentes em amistosos contra Austrália

Neste sábado (23), a bola vai rolar para Brasil x Austrália e, pela primeira vez, Pia Sundhage comandará a seleção feminina diante das donas da casa

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Marcos Leandro

Publicado em 22/10/2021 às 11:00 | Atualizado em 22/10/2021 às 11:14
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ESTADÃO CONTEÚDO

Neste sábado (23), a bola vai rolar para Brasil x Austrália e, pela primeira vez, Pia Sundhage comandará a seleção feminina diante das donas da casa. Com um recente histórico de rivalidade, as duas equipes voltam a se enfrentar depois de dois anos. Na véspera do primeiro duelo, nesta sexta-feira (22), a técnica sueca aproveitou para projetar o que espera no segundo teste após a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Para a treinadora, o Brasil terá duas versões diferentes diante das donas da casa. Em entrevista coletiva, a sueca destacou a preparação especial para esta Data Fifa. Além disso, ressaltou o cronograma feito pela comissão técnica com o intuito de minimizar os efeitos da viagem e do fuso horário.

"Vamos jogar de modos diferentes porque temos que ter noção do nosso cenário. Não estamos aqui há nem uma semana e lidamos com um fuso horário diferente, além de uma longa viagem. Então, temos que ser muito cuidadosos para que todas sigam bem depois desses dois jogos. Vamos aproveitar para fazer muitas mudanças nos intervalos, porque queremos proteger as atletas e garantir que elas estejam bem", detalhou Pia Sundhage antes de apontar o comportamento que espera da equipe brasileira diante das australianas.

"Sabemos que podemos usar a nossa velocidade no ataque, não apenas com jogadoras rápidas como Ludmila e Giovana, mas também com uma rapidez nas tomadas de decisão. Então teremos a chance criar algumas jogadas na área adversária. Isso será interessante!", destacou.

Reprodução/Instagram @martavsilva10
A jogadora Marta SIlva - Reprodução/Instagram @martavsilva10

AUSTRÁLIA

Quando o assunto é a qualidade das adversárias, Pia Sundhage não economizou elogios para as donas da casa. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a Austrália terminou na quarta posição. Apesar da força das adversárias, a sueca demonstrou o desejo de mudar o histórico recente nos duelos entre as duas seleções. A última vitória brasileira diante das oponentes foi no Rio-2016, quando o Brasil eliminou as australianas nas quartas de final nas cobranças de pênalti. De lá pra cá, foram cinco jogos sem nenhum triunfo.

"A Austrália é um time muito bom, elas têm jogadoras muito interessantes, por exemplo, a Sam Kerr. Ela tem uma boa presença na área e é uma jogadora inteligente com grandes jogos na seleção e no clube. Essa será uma boa avaliação para vermos como iremos lidar diante de um adversário de estilo de jogo diferente Mas não apenas isso, é a hora de vencer a Austrália. Se você olhar o histórico, há um tempo o Brasil não vence a Austrália e eu espero que a gente possa fazer isso acontecer mais cedo ou mais tarde", projetou.

PROJETOS PARA 2022

Quando se trata das 23 jogadoras convocadas para esta Data Fifa, Pia Sundhage aproveitou para antecipar os projetos da comissão técnica até a Copa América de 2022. Com o intuito de seguir a renovação da equipe, o plano é dar oportunidade para novas jogadoras e ampliar as estratégias de jogo. Para os amistosos na Austrália, por exemplo, nove atletas têm menos de 23 anos.

"Futebol fala muito sobre diversidade, temos diferentes tipos de jogadoras, mas também com diferentes experiências. Essa é a beleza de ser técnica de uma seleção, você traz novas jogadoras e vê como elas conseguem se encaixar no time. Por exemplo, a Bruninha, vem da seleção sub-20 treinada pelo Jonas (Urias), e é muito bom tê-la aqui conosco. Percebe-se que ela está acostumada a jogar contra jogadoras internacionais", enfatizou Pia Sundhage, que também aproveitou para elogiar o trabalho feitos nas seleções de base.

"O Jonas e sua comissão estão fazendo um grande trabalho e essa é uma das razões que nós temos as categorias sub-17 e sub-20, para que essas jogadoras estejam um pouco mais preparadas para os jogos internacionais. Uma coisa é jogar no clube, onde há o mesmo estilo sul-americano de jogo, o mesmo acontece se você atuar em outro campeonato no mundo. Na seleção temos uma mistura de jogadoras que atuam na Europa, Estados Unidos, Brasil, com diferentes estilos de jogo, então e é sobre como fazer isso funcionar", finalizou.

Brasil e Austrália se enfrentam neste sábado, às 5h50 (de Brasília), no Commbank Stadium. O segundo duelo, no mesmo local, está agendado para a próxima terça-feira, às 6h05.

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