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Fórmula 1: Max Verstappen, um destino familiar que se concretiza

Nascido para vencer na Fórmula 1, o holandês Max Verstappen cumpriu sua missão aos 24 anos

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AFP

Publicado em 12/12/2021 às 13:30 | Atualizado em 12/12/2021 às 17:15
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Nascido para vencer na Fórmula 1, o holandês Max Verstappen cumpriu sua missão aos 24 anos, sagrando-se campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez neste domingo (12), destino que seus pais, ambos pilotos, haviam começado a traçar.

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"A família inteira viveu para as corridas, então acho que a pessoa que Max é e o que ele conquista neste momento é algo natural", disse à AFP seu empresário Raymond Vermeulen, que sabe do que está falando.

Já estava associado ao pai, o holandês Jos Verstappen, que disputou 107 corridas entre 1994 e 2003, com dois pódios no primeiro ano.

Sua mãe, Sophie Kumpen, era parceira de outro campeão mundial de Fórmula 1, Jenson Button, no karting. A belga era "uma piloto fantástica, muito rápida", lembrou o britânico no podcast da F1.

Nada surpreendente porque Max - sempre à frente da sua idade, segundo o seu empresário - se tornou o mais jovem piloto a largar em um Grande Prêmio, em 2015, aos 17 anos, 5 meses e 15 dias, vestindo as cores da Toro Rosso.

Em seguida, ele foi o mais jovem vencedor, no Grande Prêmio da Espanha em 2016, aos 18 anos, 7 meses e 15 dias, em sua primeira temporada com a Red Bull.

Os registros iniciais não param por aí. Ao ser coroado neste domingo, o holandês, nascido na Bélgica em 30 de setembro de 1997 e residente de longa data em Mônaco, tornou-se apenas o quarto campeão mais jovem, aos 24 anos, 2 meses e 12 dias, atrás de Sebastien Vettel, Lewis Hamilton e Fernando Alonso.

Domar o temperamento

Nem se pode dizer que perdeu tempo. Esta temporada foi a primeira em que sua equipe lhe forneceu um carro capaz de rivalizar com o Mercedes do heptacampeão mundial Hamilton.

Insolente no início, o impetuoso Max aprendeu a domar seu temperamento na pista, mostrando desde o ano passado uma maior capacidade de reflexão e simpatia.

Longe daquela versão que colidiu inutilmente com Esteban Ocon no Grande Prêmio do Brasil 2018, antes de empurrar o francês diante das câmeras, ou ameaçar a mídia quando lhe perguntavam sobre seus erros no Canadá naquele mesmo ano.

Ele continua sendo um piloto que não deixa nada para trás, como pode ser visto em suas batalhas com Hamilton neste ano; na Grã-Bretanha, Itália e no Brasil.

É preciso dizer que o holandês teve um bom professor: o pai dele, Jos, nunca foi o homem mais simpático do 'paddock'.

'Maturidade'

Mas agora 'Mad Max' é o líder indiscutível de uma equipe ambiciosa como a Red Bull.

"Ele simplesmente ganhou em maturidade. Ele tem mais experiência na Fórmula 1 e na vida, está muito confortável, está bem na equipe, com confiança e é isso que ele sente", disse seu chefe Christian Horner no ano passado.

Uma maturidade que se traduziu em resultados, com dois terceiros lugares no Mundo, em 2019 e 2020, o melhor resultado possível atrás da intocável Mercedes.

Fiel a alguns de seus costumes, Verstappen não deu muitos detalhes no ano passado sobre sua mudança.

"Acho que você cresce a cada ano, progride, mas também aprende a conhecer melhor sua equipe. Pode parecer que estou falando sério ou algo assim, mas sou divertido, espero", disse à AFP.

O que ele não abandona é a provocação. Por exemplo, quando questionado sobre qual foi a sua melhor compra, ele respondeu: "Minha namorada", referindo-se a Kelly Piquet (filha do tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet), com quem ele se exibe frequentemente nas redes sociais.

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