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Onde vai ser o jogo do Vasco hoje? Entenda a polêmica entre Maracanã e São Januário

O clube cruzmaltino recebe o Cruzeiro pela 12ª rodada do Brasileirão Série B

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 12/06/2022 às 14:26 | Atualizado em 12/06/2022 às 15:03
DIVULGAÇÃO/VASCO
Cruzeiro é o líder da Série B, enquanto o Vasco é o quarto. - FOTO: DIVULGAÇÃO/VASCO

Em confronto válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o Vasco enfrenta o Cruzeiro neste domingo (12/06). A partida, que está marcada para às 16h, foi cercada de polêmica.

Vale destacar também que a torcida esgotou 65 mil ingressos para o jogo. Se o ambiente é de festa, qual a confusão? Isso se refere ao consórcio que administra o Maracanã e entre a equipe carioca.

Com apoio da 777 Partners, grupo americano que negocia a compra da SAF do Vasco da Gama, o cube quer participar da licitação junto com Flamengo e Fluminense

No entanto, a diretoria se queixa do valor do aluguel, receitas de bares, carga de ingressos e faixa vetada. Em uma carta aberta, o time repudiou o tratamento da concessionária (Leia abaixo).

Onde vai ser o jogo do Vasco hoje?

Mesmo com as desavenças, o duelo entre Vasco x Cruzeiro acontece no Maracanã, no Rio de Janeiro. O impasse tende a ter desdobramentos no futuro. 

Depois de uma semana cheia de desavenças, o Vasco acredita que está fora do processo de licitação e deve mandar as partidas apenas no Estádio de São Januário.

Leia a íntegra da carta aberta divulgado pelo Vasco da Gama

"Carta aberta: respeito, igualdade, inclusão

Um século de lutas

O Vasco da Gama é um gigante do futebol brasileiro por merecimento. Escreveu partes grandiosas de sua história dentro de campo, e é um dos clubes com mais motivos para se orgulhar de sua história também fora de campo. Ser vascaíno é torcer por um futuro que honre nossa história – e ela não é pequena.

O relacionamento do Vasco com seus co-irmãos – ou rivais – do futebol do Rio de Janeiro é um caso à parte. Em breve, o clube celebrará o centenário de um dos capítulos mais importantes de sua história, a Resposta Histórica de 1924. O caminho que leva à construção desta carta tem uma raiz muito bem definida: a mudança de regras.

Após o sucesso do clube no campeonato de 1923, tendo em seu time atletas negros, pobres e analfabetos, os demais clubes do Rio de Janeiro mudaram os critérios esportivos da liga de futebol da época. Exigiram a desfiliação dos atletas tidos como indesejáveis – o que o Vasco orgulhosamente negou – e, posteriormente, demandaram ainda que o clube tivesse um campo próprio para mandar seus jogos. O resultado foi a construção de São Januário, o maior do Brasil e da América do Sul à época, nossa casa, nosso orgulho, nosso lar. Grandeza não se compra, grandeza se constrói.

E quis a grandeza do clube que nossa história não fosse escrita apenas em um palco, mas em dois. Desde a inauguração do Maracanã, em 1950, o Vasco construiu uma relação íntima e vitoriosa com o maior estádio do mundo. Foi o primeiro campeão do “Maraca” e se acostumou a grandes jogos e inesquecíveis conquistas. É um caminho a não ser apagado jamais.

É natural, portanto, que o Vasco mantenha uma relação contínua com o Maracanã, levando para lá grandes jogos e públicos contra adversários tradicionais. O Vasco x Cruzeiro deste domingo é um deles. Não chega a ser surpreendente – mas triste – que a história se repita. As regras foram modificadas novamente.

Segundo as regras da concessão, o aluguel para uso do Maracanã é de R$ 90 mil reais. Esta é a regra aplicada para partidas muito recentes, de alguns poucos dias atrás. Mas agora, sem qualquer justificativa, o valor cobrado para a partida do Club de Regatas Vasco da Gama foi estabelecido em R$ 250 mil reais. O Vasco pediu esclarecimentos, obtendo em troca um constrangedor silêncio.

Além disso, a Concessionária do Maracanã modificou as regras em torno dos bares e restaurantes do estádio. É praxe que o clube mandante obtenha um percentual das vendas no dia do jogo. Tal direito, no entanto, foi negado ao Vasco para o jogo deste domingo, o que significa que o consumo de mais de 60 mil vascaínos no estádio não se reverterá em recursos para o clube. Novamente, nenhuma explicação plausível nos foi oferecida.

Por fim, o Maracanã possui um espaço para mensagens institucionais, à beira do campo, no setor leste. É aquela mensagem visível nas transmissões televisivas, com dizeres escolhidos pelos clubes, direcionados aos espectadores.

O Vasco apresentou a mensagem a ser veiculada na partida deste domingo, o que foi vetado pela concessionária. A mensagem que o clube pretende disponibilizar é a seguinte:

“Desde 1898 o legítimo club do povo /// Respeito, Igualdade, Inclusão”

Mais uma vez, o motivo do veto não foi explicado, o que nos leva a crer que haja algum tipo de censura à mensagem que o Vasco pretende veicular.

Demandamos o restabelecimento do valor previamente determinado pela Concessionária para o uso do Maracanã pelo Vasco; demandamos o restabelecimento da participação do clube sobre as vendas nos bares e restaurantes do estádio no dia da partida; e demandamos a veiculação da mensagem do clube na lateral do campo.

Demandamos, enfim, o respeito à história do Vasco da Gama e às regras vigentes para o uso do estádio. Nenhuma destas demandas se afasta do trato normal a um grande clube do Rio de Janeiro.

Infelizmente, o Vasco da Gama encontra um tratamento paralelo àquele recebido no início do século passado. Mudam as regras mas não impedirão nosso clube de exercer sua grandeza de sempre.

  • Conselho Deliberativo CRVG
  • Conselho de Beneméritos CRVG
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