COVID-19

Pacientes com diabete são casos mais graves do coronavírus

Entre os óbitos, mais de 30 tinham problemas cardíacos e quase 20 eram diabéticos

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Publicado em 27/03/2020 às 0:04 | Atualizado em 27/03/2020 às 0:07
Nelson ALMEIDA/AFP
A maior parte dessas introduções foi identificada nas capitais com maior incidência de voos internacionais - FOTO: Nelson ALMEIDA/AFP

Os maiores alvos de quadros graves do novo coronavírus no Brasil até agora foram pessoas com diabete ou problema cardíaco, segundo o Ministério da Saúde. Foram registradas 77 mortes e 2.915 infectados em todo o País. A letalidade verificada está em 2,7%.

Ao analisar o quadro dos hospitalizados (391 casos) e dos que morreram (59, no momento dessa avaliação), o governo observou que 124 dos pacientes sofrem de cardiopatia. Cerca de 80 delas têm diabete. Entre os óbitos, mais de 30 tinham problemas do coração e quase 20 eram diabéticos.

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A idade avançada se mostrou mais uma vez como fator de risco para complicações pela doença. Dos 391 internados, 78 tinham entre 60 e 69 anos e outras 70 pessoas, de 70 a 79 anos. Há alto registro, porém, de hospitalizados entre 30 e 49 anos (103 pacientes). A análise do perfil dos mortos, no entanto, mostra concentração entre idosos. Entre os 59 casos avaliados até o dia 26 de março, 48 eram maiores de 70 anos.

"Os dados mostram que as maiores vítimas são idosos, mas também qualquer pessoa que tenha cardiopatia ou diabetes", disse o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

São Paulo. Estado com o maior número de casos e óbitos confirmados até agora (1.052 infecções e 58 óbitos), São Paulo tem infectados em sua maioria jovens, mas as mortes são concentradas nos idosos.

De acordo com o boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, 61% do total de casos confirmados até o dia 24 (último dado detalhado disponível) tinha menos de 40 anos e a maioria (56%) era homem.

Já quando analisado o perfil dos mortos, o documento mostra que 92% das vítimas tinham mais de 60 anos e a maioria (67,5%) era homem.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

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