O governo do estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (13) que universidades e escolas técnicas estaduais podem retomar aulas práticas presenciais em cidades que se mantiverem por 14 dias consecutivos na fase amarela do Plano São Paulo. As aulas teóricas permanecerão a distância. No momento, o Estado tem sete regiões na fase, que permite a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza. No programa de retomada gradual das atividades, a fase vermelha é a mais restrita, em que apenas o funcionamento de serviços essenciais é liberado.
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Conforme anunciado, o retorno deve acontecer com as instituições respeitando protocolos sanitários e com, no máximo, 35% dos alunos matriculados em cada curso. A prioridade é para carreiras da área da saúde. "A cidade de São Paulo já está há 14 dias no amarelo. Portanto, a universidade, se desejar, poderá voltar com as aulas na área da saúde", afirmou o secretário de Educação, Rossieli Soares, em entrevista coletiva concedida nesta segunda no Palácio dos Bandeirantes.
O secretário informou que devem ser priorizados alunos que estão mais próximos da conclusão do curso, porque, segundo ele, impedir estes estudantes de terminar a graduação em cursos de saúde causaria uma hiato de profissionais chegando ao mercado de trabalho. Ele ainda ressaltou a importância do estágio supervisionado na formação de um médico.
Atualmente, São Paulo tem sete regiões enquadradas na fase amarela, todas na Região Metropolitana e no litoral. A lista inclui: São Paulo, Microrregião Leste da Região Metropolitana de São Paulo, Microrregião Oeste da Região Metropolitana de São Paulo, Microrregião Sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, Microrregião Sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Registro.
UFPE volta em agosto em semestre extra e com ensino remoto
Recomeçam no próximo dia 17 de agosto as aulas nos cursos de graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mas não será a retomada do primeiro semestre letivo, que continua suspenso desde 16 de março por causa da pandemia do novo coronavírus e com previsão de retorno somente em 2021. Nesta data começará um semestre extra, chamado de Calendário Acadêmico Suplementar.
Todas as disciplinas serão ministradas virtualmente. A matrícula dos alunos é facultativa e os professores também têm autonomia para participar ou não. O estudante que não puder ou não quiser se matricular poderá voltar às atividades apenas quando o ano letivo de 2020 for reiniciado. As regras desse novo semestre foram aprovadas nesta sexta-feira (10) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), numa reunião online que começou às 8h e acabou por volta das 14h30.
"A proposta foi amplamente discutida com todos os segmentos da universidade. Apesar de ser um matéria bastante complexa, o calendário suplementar teve aprovação de quase todos os conselheiros que participaram da reunião", comemora o reitor Alfredo Gomes. Havia 75 participantes, dos quais um votou contra e dois se abstiveram. "O retorno das aulas é muito importante. O semestre extra terá 12 semanas de duração", explica o reitor.
A UFPE tem cerca de 40 mil alunos, dos quais pouco mais de 30 mil estudam nos 109 cursos de graduação. A comunidade acadêmica é formada também por 2.504 professores e 3.843 técnicos administrativos (números de junho de 2019). "Os alunos poderão cursar até 300 horas de disciplinas. Eles poderão cancelar ou trancar a qualquer momento, sem prejuízo no seu histórico escolar", ressalta o reitor.
As aulas presenciais na UFPE estão suspensas desde 16 de março. A previsão é que só voltem em 2021. "Não vamos retomar o semestre letivo de 2020.1 porque isso pressupõe que todos, alunos e docentes, teriam de participar, não seria facultativo. E o estudante que não participasse poderia ser prejudicado academicamente", explica a pró-reitora de graduação, Magna do Carmo.
Também porque no início do ano letivo as disciplinas foram planejadas para acontecerem presencialmente. A organização das aulas terá que ser adaptada, agora, para o formato online. A previsão é terminar as aulas do semestre extra em 17 de novembro, com encerramento das atividades em 9 de dezembro. O restante do ano será usado para procedimentos burocráticos e férias.
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