atualizada às 14h05
Pesquisa Datafolha aponta que 79% dos brasileiros acreditam que a reabertura das escolas deve agravar a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na visão dos entrevistados, as unidades deveriam continuar fechadas nos próximos dois meses. O levantamento foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (18).
Para 59% dos entrevistados, a retomada das aulas presenciais piorará muito a situação, outros 20% acreditam que piorará um pouco. Outros 18% afirmaram que não haverá efeito na disseminação do vírus, e 3% disseram não saber. O Datafolha ouviu 2.065 pessoas de todo o país nos dias 11 e 12 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone para evita o contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados.
Responderam que as escolas devem continuar fechadas 82% das mulheres; 80% dos que ganham até 5 salários mínimos; 85% das donas de casa; 85% dos que estão totalmente isolados; 81% dos que pretendem se vacinar; 82% dos que não usam máscara; e 89% dos que reprovam o governo de Jair Bolsonaro.
Defendem a reabertura
O levantamento registra uma diferença na avaliação entre os sexos entre os que desejam a reabertura. Enquanto 22% dos homens são a favor da reabertura, o número cai para 17% entre as mulheres. Entre os diferentes tipos de ocupação, os trabalhadores sem registro em carteira são os que proporcionalmente mais defendem a reabertura (32%), seguidos pelos estudantes (31%) e empresários (27%). Outro grupo com mais defensores da volta às aulas presenciais são os que afirmam estar “vivendo normalmente” durante a pandemia (38%) e os que avaliam o governo Jair Bolsonaro (sem partido) como ótimo ou bom (29%).
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz, que defende o retorno das atividades presenciais o quanto antes, não há "lugar mais protetor do que a escola". "A pesquisa, na verdade, não muda o pensamento em torno do retorno das atividades. Assim como há várias matérias de base científica que evidenciam, que colocam essa questão, há outras tantas que evidenciam a questão da depressão nas crianças, que evidenciam outras doenças nas crianças e nos adolescentes", comentou.
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