A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (31), a Operação Caixa Forte 2 que visa investigar o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Mandados estão sendo cumprido em Pernambuco e mais 18 Estados, além do Distrito Federal.
Os dados obtidos na primeira fase da operação revelaram que recursos provenientes do comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “Setor da Ajuda”, que seria responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.
Em Pernambuco foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco no Recife e três em Olinda. Além disso, 10 mandados de prisão foram expedidos, sendo, também, cinco no Recife e três em Olinda e mais dois em Abreu e Lima.
A Polícia Federal contabilizou 172 presos alvos da operação espalhados em 31 estabelecimentos prisionais em 14 Estados do Brasil. Em Pernambuco estão dois deles em uma única unidade, que não foi revelada pela polícia.
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Segundo a polícia, foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
A PF visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, além da prisão de lideranças.
A ação de desta segunda-feira envolve cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, em 19 Estados da Federação e no Distrito Federal; além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.
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