CLIMA

Chegou a primavera, o "primeiro verão"; entenda o que é equinócio e como será a nova estação

Nova estação chega às 10 horas e 31 minutos desta terça-feira, pelo horário de Brasília

JC
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Publicado em 22/09/2020 às 7:41 | Atualizado em 22/09/2020 às 10:22
DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
Nas regiões Norte e Nordeste a maior mudança durante a Primavera é o aumento gradual da umidade em vários dos estados - FOTO: DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM

Nesta terça-feira, 22 de setembro, parte do Brasil começará a ver as árvores e jardins ganharem cor com novas flores, em um ar de renovação quase que necessário pela atual situação pandêmica em que vivemos. Do outro lado do País, que não tem estações tão definidas, como em Pernambuco, a mudança não é tão visível, mas é expressa no clima, por exemplo. É que hoje, às 10 horas e 31 minutos, pelo horário de Brasília, chega a primavera, o "primeiro verão".

E é exatamente nesta hora que ocorre o equinócio de primavera no Hemisfério Sul, metade de um planeta localizada entre a linha do Equador (latitude 0º) e o Pólo Sul, enquanto o Norte vive o equinócio de Outono.

» O que muda no clima de Pernambuco com a chegada da primavera?

Do latim, a palavra “equinócio” é descrita como aequus, que significa “igual” e nox, que significa “noite”. Assim sendo, podemos afirmar que equinócio significa duração igual do dia e noite. Segundo o site especializado Climatempo, é exatamente isso que ocorre no Brasil. No restante do ano, essa duração se modifica, sendo que no Solstício de Inverno ocorre a noite mais longa do ano e no Solstício do Verão ocorre a noite mais curta do ano. Durante o fenômeno, também é possível observar diversos eventos astronômicos.

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Do ponto de vista da astronomia, a primavera do Hemisfério Sul inicia-se no equinócio de setembro e termina no solstício de dezembro - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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A primavera é a estação do ano que se segue ao inverno e precede o verão e é tipicamente associada ao reflorescimento da flora terrestre - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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Nova estação chega às 10 horas e 31 minutos desta terça-feira, pelo horário de Brasília - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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Em partes do País, que não têm estações tão definidas, como em Pernambuco, a mudança não é tão visível, mas é expressa no clima, por exemplo - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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Do ponto de vista da astronomia, a primavera do Hemisfério Sul inicia-se no equinócio de setembro e termina no solstício de dezembro - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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Em partes do País, que não têm estações tão definidas, como em Pernambuco, a mudança não é tão visível, mas é expressa no clima, por exemplo - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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Nova estação chega às 10 horas e 31 minutos desta terça-feira, pelo horário de Brasília - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM
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A primavera é a estação do ano que se segue ao inverno e precede o verão e é tipicamente associada ao reflorescimento da flora terrestre - DIEGO NIGRO/ACERVO JC IMAGEM

A estação inicia quando o centro do disco solar está localizado exatamente entre o plano da eclíptica, que é o plano de órbita da Terra ao redor do Sol, e o plano do equador celeste, linha que passa pelo centro da Terra. Para o ano de 2020, esse exato momento irá ocorrer em 22 de setembro, às 10 horas 30 minutos e 36 segundos, ou arredondando para o uso comum, às 10h31 pelo horário de Brasília. Segundo o Climatempo, para o uso comum, não científico, a hora e o minuto são suficientes. Mas para o cálculos de astronomia é preciso ter mais precisão e assim, se pode arredondar a hora.

Como será o clima?

Com informações do Climatempo

Centro-sul do Brasil:

Nessa região, a primavera é a  transição entre o inverno seco e frio e o verão quente e úmido. Ao longo dos próximos três meses será comum alguns períodos secos característicos do Inverno, e alguns períodos muito úmidos, característicos do Verão. Já o frio não acontece mais com frequência. A temperatura entra em gradativa elevação, as massas polares são fracas e a ocorrência de geada já é pouco provável, mesmo nas áreas altas da Região Sul.

Sudeste e Centro-Oeste:

Nos estados dessas regiões, as chuvas deixam de ocorrer exclusivamente com a passagem de frentes frias, como é comum no Inverno, e voltam as pancadas que são resultado do tempo abafado. Elas são rápidas, ocorrem sempre à tarde ou à noite, e são bem volumosas. Nas grandes cidades elas causam muitos transtornos, mas são necessárias para a elevação do nível das represas (que cai bastante durante a estiagem de Inverno) e para a melhora da qualidade do ar. 

Norte e Nordeste: 

Nas regiões Norte e Nordeste a maior mudança durante a Primavera é o aumento gradual da umidade no Acre, em Rondônia, no sul do Amazonas e do Pará, no Tocantins, no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e do Piauí. As frentes frias chegam com uma certa frequência até a Bahia, mas de Sergipe ao Rio Grande do Norte a época é de diminuição dos volumes de chuva. No sertão e no agreste, a seca persiste por mais alguns meses.

Em Pernambuco, é instalada a predominância de um tempo mais seco, principalmente no Sertão. "A gente tem pouca percepção, não temos a estação das flores, não é típico da nossa região, mas algo característico é que de maneira geral, é a época mais seca do estado. No Sertão, também tem as maiores temperaturas, o que não acontece na Região Metropolitana do Recife, já que as temperaturas são mais altas em dezembro, janeiro e fevereiro", explicou o meteorologista Romilson Ferreira, da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac).

Possível alívio para as queimadas

Nas últimas semanas, o Pantanal vem sofrendo com diversos focos de incêndios. Segundo o Ibama, já foram destruídos ao menos 1.165 milhão de hectares de vegetação do bioma do lado de Mato Grosso do Sul. O tempo seco, a umidade relativa do ar e os ventos são fatores que têm feito com que o fogo se alastre rapidamente.

Para o geógrafo e professor Lucivânio Jatobá, a chegada primavera pode representar um alívio para o Pantanal. "A previsão que está sendo feita para a primavera esse ano, que vai até o dia 21 de dezembro, é de que vamos ter uma faixa bem ampla de chuvas, que se desenvolvem desde o Amazonas até o Sudeste, parte do Rio de Janeiro. É uma faixa oblíqua que vai passar por um período de chuvas. Espero que essa previsão se concretize, porque é a nossa esperança que esses incêndios, criminosos ou não, sejam apagados", afirmou em entrevista à Rádio Jornal.

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