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Estudo aponta segurança de vacina chinesa contra coronavírus em última fase de testes; São Paulo quer aplicar em dezembro

A vacina está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan

Bruna Oliveira
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Bruna Oliveira
Publicado em 23/09/2020 às 14:03 | Atualizado em 23/09/2020 às 14:10
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SÃO PAULO
A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan - FOTO: DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SÃO PAULO

Por meio de uma entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum efeito colateral após tomarem a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Com os dados, que fazem parte de um estudo apresentado pelo governo, João Doria (PSDB), afirmou que a previsão é a de que a vacinação comece na segunda quinzena de dezembro.

"Esses resultados comprovam que a CoronaVac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde, indicando a Coronavac como uma das oito mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo", declarou João Doria.

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Os dados apresentados na entrevista coletiva apontam que 50.027 pessoas foram testadas na China e que apenas 5,36% dos que foram imunizados tiveram efeitos adversos de baixo grau, em que os mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%).

"Efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan, em São Paulo, para todos os brasileiros, apresenta efeitos adversos pouco nocivos, como dor no local da aplicação e não mais do que 10% dessas pessoas da totalidade que são vacinados apresentam alguma reação dessa natureza", continuou o governador.

Os testes da CoronaVac em crianças, adolescentes e idosos na China tiveram início em setembro. De acordo com o estudo, até o momento, 422 pessoas maiores de 60 anos foram vacinadas, na qual a imunização apresentou 97% de eficácia. Já o total de crianças e adolescentes com idades de 3 a 17 anos testadas foi 552.

No Brasil, a quantidade de pessoas que irão receber a vacina ou o placebo até o dia 21 de setembro é de 9 mil voluntários. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os testes devem ser ampliados para 13 mil voluntários no país. A expansão para as fases subsequentes, ainda segundo o diretor, já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os testes devem incluir idosos e crianças, que são grupos considerados de risco.

Vacinação em dezembro

O governador de São Paulo também afirmou que a previsão é que a vacinação da CoronaVac tenha início na segunda quinzena de dezembro em médicos e paramédicos. "Deveremos por óbvio aguardar a finalização desta terceira e última fase de testagem, os seus resultados e obviamente a aprovação da Anvisa. Mas já em dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a imunização de acordo com os critérios de vacinação adotados pela secretaria da saúde do estado de São Paulo e dentro do protocolo também do ministério da saúde", declarou.

Nessa segunda-feira (21), Doria anunciou que toda a população de São Paulo irá receber doses da vacina que tem como objetivo imunizar as pessoas contra a covid-19, que já infectou mais de 945 mil pessoas no Estado e já tirou a vida de mais de 34 mil.

 

REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Frasco rotulado como vacina contra Covid-19 em foto de ilustração 10/04/2020 REUTERS/Dado Ruvic/Illustration - FOTO:REUTERS/Dado Ruvic/Illustration

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