SAÚDE

Lote com primeiras 120 mil doses da vacina CoronaVac chega a São Paulo

Imunizante está na terceira e última fase de testes, quando é avaliado em humanos

JC
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Publicado em 19/11/2020 às 10:20 | Atualizado em 19/11/2020 às 10:25
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Declaração foi feita horas após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recebido o pedido de de autorização temporária de uso emergencial do imunizante - FOTO: DIVULGAÇÃO

O Governo de São Paulo recebeu, na manhã desta quinta-feira (19), o primeiro lote com 120 mil doses da  CoronaVac, vacina contra a covid-19. O imunizante foi desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Atualmente, a CoronaVac está na terceira e última fase de testes, quando é avaliada em humanos, mas ainda não teve resultados apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na última terça-feira (17), em entrevista á Rádio Jornal, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia anunciado a data da chegada do medicamento ao Estado. Ele, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchtey, acompanharam a chegada do lote, que foi trazido em um voo da China que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Resultados

Um artigo revisado e divulgado na revista científica Lancet Infectious Diseases informou, na terça, que a CoronaVac é tida como segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.

No Brasil, a terceira fase segue em andamento. As fases 1 e 2 foram conduzidas na China durantes os meses de abril e maio com um total de 744 voluntários saudáveis de idade entre 18 e 59 anos e sem histórico de infecção pelo vírus. A fase atual de análise representa a última antes da aprovação. Apesar de estar perto da liberação para aplicação em massa nos seres humanos, esta foi a primeira publicação oficial dos testes das fases anteriores. Todas as vacinas que estão na fase 3 já tiveram seus resultados de fase 1 e 2 publicados.

Segundo o estudo randomizado, duplo-cego e controlado, a candidata a vacina apresentou produção de anticorpos após 14 dias, com pico após 28 dias da aplicação. O estudo é considerado 'padrão ouro', pois, faz a divisão dos voluntários aleatoriamente sem saberem se estão tomaram o imunizante ou um placebo. Foram avaliadas 144 pessoas na fase 1 e 600 pessoas na fase 2. Um voluntário desistiu durante o estudo.
A produção da vacina com o vírus inativado, usado na Coronavac, é semelhante à utilizada para a produção da vacina da raiva.

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