CORONAVÍRUS

Doria anuncia que primeiro lote da vacina Coronavac vai chegar nesta quinta (19) ao Brasil

Anteriormente, o anúncio era de que as primeiras vacinas chegariam no dia 20 de novembro

JC
Cadastrado por
JC
Publicado em 17/11/2020 às 11:41 | Atualizado em 17/11/2020 às 11:56
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SÃO PAULO
O imunizante contra o coronavírus foi desenvolvido pelo Instituto Butantan com o apoio do Governo de São Paulo - FOTO: DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SÃO PAULO

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, em entrevista à Rádio Jornal nesta terça-feira (17), que o primeiro lote da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, chega nesta quinta-feira (19) ao Brasil. O imunizante contra o coronavírus está na fase final de testes e, segundo o chefe do executivo paulista, nas suas últimas semanas de estudo até ter resultados submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Anteriormente, a expectativa era de que as primeiras vacinas chegariam no dia 20 de novembro.

“Está bem, numa fase avançada. Nós temos a última fase da pesquisa, a última e derradeira. Provavelmente nas últimas três semanas da fase final da pesquisa para submeter os resultados à Anvisa. Estamos seguindo rigorosamente o protocolo de testagem da vacina e também é o protocolo da Anvisa. E a vacina do Butantã, Coronavac, chega agora, nesta quinta, chega já o primeiro lote das vacinas. Ela virá em lotes, prontas do laboratório Sinovac, e depois nós produziremos aqui, no próprio Butantã, para os brasileiro de São Paulo e brasileiros de todo o País, isto se o Ministério da Saúde entender, como deveria, que a vacina é pra todos", informou.

Durante sua participação no programa Passando a Limpo, o governador não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro, que diversas vezes já pôs em dúvida a eficácia da vacina. Segundo o gestor, o presidente ignora as recomendações da ciência e esnoba a importância das vacinas para a proteção da população brasileira contra doenças.

"Nós defendemos as vacinas. E sabe por quê? Porque nós defendemos a vida. Nós não defendemos ideologia, interesse partidário, interesse político e muito menos psicopatia. Eu não fico aqui seguindo postagens do presidente Bolsonaro, raivoso, em relação à vacina do Butantã, e também não celebro pelo Twitter a morte de um enfermeiro como ele celebrou na semana passada, dizendo que ele tinha vencido João Doria. Esse tipo de colocação, de politização, coloca em risco a vida das pessoas", disse.

Ele também chamou atenção para os mais de 5 milhões de casos e 166 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil. "Quanto mais rápido vacinarmos, mais rápido estaremos imunes para voltar às atividades plenas, [como] celebrar o carnaval, os amigos, ir à praia. Aglomerações colocam em risco a vida das pessoas, e não tomar a vacina também coloca em risco quem não quer tomar a vacina e outras pessoas, porque pode contaminá-las e causar mais mortes no país. No Brasil, são 166 mil casos de óbitos e 5 milhões de infectados pelo coronavírus, 2,8% de letalidade. E, a cada dia, temos mais de 400 pessoas que morrem enquanto não tivermos a vacina.

Nesta terça-feira (17), o governo de São Paulo publicou um decreto que prorroga a quarentena no estado até o dia 16 de dezembro. Doria comentou como tem lidado com a pandemia no estado em que governa.

"Houve, sim, um aumento ao número de internações de pessoas em São Paulo, nos hospitais públicos e privados. Aliás, fazemos coletivas de imprensa para dar transparência, então por esta razão, inclusive, nós adiamos a atualização do Plano São Paulo, que teria sido feita ontem, adiamos para o dia 30 de novembro, exatamente para ter cautela e evitar a classificação de regiões com indicadores, neste momento, positivos, mas que pudéssemos ser surpreendidos ao longo dos próximos dias."

 

Comentários

Últimas notícias