PANDEMIA

Remédio da AstraZeneca gera imunidade contra a covid-19; entenda o tratamento

Uma nova droga que impede uma pessoa infectada pelo novo coronavírus de desenvolver a doença provocada por ele, a covid-19, está sendo testada por pesquisadores ligados à AstraZeneca, um dos maiores grupos farmacêuticos do mundo

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 26/12/2020 às 13:58 | Atualizado em 26/12/2020 às 18:18
SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP
Mário Roberto Melo recebeu a vacina da Pfizer contra o coronavírus no dia 22/12 - FOTO: SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP

Cientistas do Reino Unido estão testando um novo medicamento, desenvolvido pela University College London Hospitals (UCLH) e AstraZeneca, que pode impedir que alguém exposto ao coronavírus desenvolva a doença Covid-19, e, assim, salvar muitas vidas, segundo publicação do jornal britânito The Guardian.

A terapia com anticorpos conferiria imunidade instantânea contra a doença e poderia ser administrada como um tratamento de emergência para pacientes internados em hospitais e residenciais para idosos para ajudar a conter os surtos.

Pessoas que vivem em famílias onde alguém pegou covid-19 também podem receber o medicamento para garantir que também não sejam infectadas. Também pode ser dado a estudantes universitários, entre os quais o vírus se espalhou rapidamente.

A médica Catherine Houlihan, virologista da University College London Hospitals que está liderando o estudo sobre o medicamento, disse que "se pudermos provar que este tratamento funciona e evitar que as pessoas sejam expostas ao vírus para desenvolver o covid-19, seria uma adição importante ao arsenal de armas que está sendo desenvolvido para combater esse vírus terrível".

A equipe espera que o teste mostre que o coquetel de anticorpos protege contra covid-19 por entre seis e 12 meses. Os participantes dos testes estão recebendo o medicamento em duas doses. Se for aprovado, será oferecido a alguém que foi exposto à covid nos oito dias anteriores.

Segundo Houlihan, o remédio poderá estar disponível em março ou abril se for aprovado pelo regulador de medicamentos após análise das evidências do estudo. "A vantagem deste medicamento é que ele fornece anticorpos imediatos", disse Houlihan.

Comentários

Últimas notícias