Vacina

Fiocruz e Anvisa têm reunião para tratar de pedido de uso emergencial da vacina contra Covid-19

A expectativa é que a Fundação apresente até a próxima sexta-feira (8) à Anvisa o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford que o governo negocia para importar da Índia

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Douglas Hacknen

Publicado em 07/01/2021 às 17:07 | Atualizado em 07/01/2021 às 17:32
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou, nesta quinta-feira (7), reunião com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O encontro, realizado por tele conferência, tratou do andamento das ações para a apresentação do pedido de uso emergencial da vacina contra o covid19, desenvolvida pela empresa biofarmacêutica Astrazeneca e a Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz. A expectativa é que a Fundação apresente até a próxima sexta-feira (8) à Anvisa o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford que o governo negocia para importar da Índia.

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Segundo a Anvisa, a atividade faz parte da troca de informações feita pelo órgão, com os laboratórios, sobre os estudos de vacinas contra a covid-19. Em nota, a Agência informou que "tem atendido todos os laboratórios que estão desenvolvendo vacinas a fim de orientar e esclarecer questões técnicas para a avaliação de vacinas e futuro pedido de uso emergencial e registro definitivo".

No comunicado a Anvisa também disse que "não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou de registro definitivo de vacinas para covid19 no Brasil". 

Uso emergencial

A Fiocruz deve apresentar até a próxima sexta-feira (8) à Anvisa o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford que o governo negocia para importar da Índia. Com o pedido protocolado e aprovado pela Agência, o início da vacinação poderá ocorrer ainda em janeiro.

Na Índia, as doses da vacina AstraZeneca/Oxford são produzidas pelo Instituto Serum, o maior produtor de vacinas do mundo.

As negociações para a importação estão avançadas e as doses devem custar 5,25 dólares cada uma, o que gera um valor total de cerca de R$ 60 milhões, incluídos os custos com a operação (etiqueta e bula), armazenagem e transporte das vacinas.

Já o registro definitivo da vacina AstraZeneca/Oxford no país continua em avaliação na Anvisa, e a previsão da fundação é que todos os documentos necessários para a aprovação sejam entregues até o dia 15 de janeiro.

Produção das doses no Brasil

Com a chegada dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) importados em meados de janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz prevê que a produção da vacina AstraZeneca/Oxford no Brasil deve começar no dia 20 deste mês. O imunizante previne contra a covid-19 e já começou a ser aplicado no Reino Unido.

Por meio de um acordo de transferência de tecnologia, o Complexo Industrial de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que fica na zona norte do Rio de Janeiro, foi preparado para processar o IFA e deve entregar o primeiro milhão de doses ao Ministério da Saúde entre 8 e 12 de fevereiro.

A previsão da Fiocruz é que a produção ganhe maior escala nas semanas seguintes. A partir de 22 de fevereiro, Bio-Manguinhos deve entregar 700 mil doses diárias ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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