Morte de adolescente não teve relação com vacina da Pfizer, conclui Anvisa
O caso da adolescente tinha sido usado como uma das justificativas do Ministério da Saúde para recomendar a suspensão da imunização em adolescentes sem comorbidades
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, na noite desta segunda-feira (20), que a morte de uma adolescente de 16 anos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, não teve relação com a vacina contra covid-19 que ela recebeu, a Comirnaty, da Pfizer.
"Representantes da área de Farmacovigilância da Anvisa se reuniram nesta segunda (20), em São Paulo, para obter mais informações sobre a investigação da suspeita de evento adverso pós-vacinação de adolescente no Estado. Os dados apresentados durante a reunião foram considerados consistentes e bem documentados, indicando a ausência de relação causal entre a administração da vacina e o evento adverso investigado", informou a agência.
A comitiva da Anvisa foi recepcionada pela Coordenadoria de Controle de Doenças - CCD da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, que é o órgão responsável por recomendações e adoção de medidas de prevenção e controle de doenças e agravos em saúde. Também participou da reunião especialista em farmacovigilância representando o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
A adolescente morreu no último dia 7, exatamente uma semana após receber o imunizante da Pfizer. O diagnóstico da Secretaria de Saúde de São Paulo apontou que a causa do óbito foi uma doença autoimune, grave e rara, conhecida como Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT). O caso da adolescente tinha sido usado como uma das justificativas do Ministério da Saúde para recomendar a suspensão da imunização em adolescentes sem comorbidades na quinta-feira (16).