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Desfile das escolas no Sambódromo do Rio violou normas de segurança, diz MP após acidente com criança

Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, teve a perna amputada após ter sido prensada por um carro alegórico contra um poste

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Katarina Moraes

Publicado em 21/04/2022 às 14:52
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A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou que o desfile de escolas no Sambódromo do Rio violou na quarta-feira, 20, normas de segurança que haviam sido determinadas com antecedência pela Justiça.
 
Segundo o MPRJ, documento enviado em março aos organizadores do evento continha a recomendação específica da necessidade de segurança na dispersão dos carros alegóricos.
A declaração foi feita após uma menina de 11 anos, chamada Raquel Antunes da Silva, sofrer um acidente com um carro alegórico na dispersão do Sambódromo do Rio. Ela teve uma perna amputada durante cirurgia na madrugada desta quinta-feira, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ela permanece internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.
 
O acidente ocorreu no primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Rio, na quarta-feira, 20. A menina teria subido no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, enquanto a mãe observava a passagem de outras agremiações na avenida. Neste instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas contra um poste.
 
Nesta quinta-feira (21), a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital informou que vai ajuizar uma ação civil pública por causa da violação das determinações feitas com antecedência, inclusive a que alertava sobre a presença de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
 
A entrada dos desfiles da Série Ouro precisou ser adiada por cerca de uma hora por causa da perícia da Polícia Civil.


Durante esse intervalo, a via ficou interditada. Em 2017, um acidente grave com o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti deixou ao menos 20 feridos na Marquês de Sapucaí.


Apesar do atraso, sete escolas de samba se apresentaram no primeiro dia do carnaval fora de época. Foram elas: Em cima da Hora, Acadêmicos do Cubango, Unidos da Ponte, Unidos do Porto da Pedra, União da Ilha do Governador, Unidos de Bangu e Acadêmicos do Sossego.

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