PISO DA ENFERMAGEM: presidente do Coren-MG diz que não é verdade que profissionais do estado recebam mais do que piso
Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse em entrevista que os profissionais de enfermagem da rede estadual recebem mais do que o piso aprovado pelo Congresso
A presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de Minas Gerais, Maria do Socorro Pacheco Pena, afirmou que "não existe a possibilidade de ser verdade" que a média salarial dos profissionais de enfermagem do estado seja superior ao piso previsto no PL aprovado do Congresso.
A fala vem após uma declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que alegou que o profissional da enfermagem que atua na rede estadual de saúde recebe acima do piso aprovado no projeto de lei 2.564/2020 pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
O PL 2.564/2020 fixa em R$ 4.750 o piso salarial dos enfermeiros (em serviços de saúde públicos e privados); 70% deste valor para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras.
O piso, no entanto, ainda não entrou em vigor porque não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que diz aguardar a indicação de fontes de financiamento.
A presidente do Coren-MG ainda se colocou à disposição do governador Romeu Zema para ajudá-lo a fazer "um diagnóstico coerente e verídico" da média salarial da categoria.
"Ilusão"
Durante entrevista à Rádio Difusora FM, de Ouro Fino, Romeu Zema ainda questionou porque apenas a enfermagem será beneficiada pelo piso, em detrimento de outras profissões da área da saúde, causando a revolta da categoria.
Ainda falando sobre o piso da enfermagem, Zema chamou o tabelamento de salários de ilusão. "Pode resolver alguma coisa, mas logo a realidade vem a porta. Se alguém está achando que está sendo beneficiado, pode ser que no futuro venha inclusive, e infelizmente, ser substituído por alguém que em vez de ter curso superior, seja técnico de enfermagem", afirmou.