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O QUE IMBROCHÁVEL SIGNIFICA? Entenda o significado do grito de Bolsonaro no 7 de setembro e como tratar impotência

O presidente Jair Bolsonaro puxou coro de "imbrochável" durante seu discurso de 7 de setembro em Brasília, logo após beijar a primeira-dama

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JC

Publicado em 07/09/2022 às 20:12 | Atualizado em 08/09/2022 às 12:26
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Com informações da Agência Brasil

Logo depois de agradecer a Deus por uma "segunda vida", o presidente Jair Bolsonaro beijou a primeira dama Michelle Bolsonaro na boca durante as comemorações oficiais do Bicentenário da Independência, nesta quarta-feira (7) em Brasília.

Ato contínuo, o presidente, estimulado por um apoiador próximo, puxou um quase inacreditável coro de "Imbrochável, imbrochável, imbrochável" que teve resposta tímida entre os milhares de apoiadores. Tirando a dificuldade que os correspondentes estrangeiros terão para traduzir o termo "imbrochável" em várias línguas, ainda sobra uma dúvida. Afinal, o que quer dizer "imbrochável"?

 

"Imbrochável" não existe na língua portuguesa

O termo não existe nos dicionários portanto, foi um neologismo por parte do presidente em mais um dos seus arroubos de auto exaltação aos seus atributos sexuais. O candidato do slogan "Deus, Pátria e Família" tocou em um assunto ainda tabu. A disfunção erétil, mais conhecida como impotência sexual.

"Aquele que não brocha" a definição mais correta para o neologismo "imbrachável", diz respeito a uma condição da saúde masculina que permite ao homem desfrutar da vida sexual sem problemas disfuncionais de ereção, tanto por meios naturais como graças a atributos mecânicos (como próteses penianas) ou medicamentosas (através de estimuladores do tipo Viagra, nome comercial mais comum para o Citrato de Sildenafila ).

Disfunção erétil é comum entre homens de meia idade

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 50% dos homens com mais de 40 anos, em algum grau, sofrem deste problema. A impotência pode estar relacionada a outras doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e alterações hormonais.

Aproveitando a campanha Novembro Azul, que acontece todos os anos e acentua a importância dos cuidados com a saúde masculina, a SBU ressalta que praticamente todos os casos de impotência são reversíveis, mas é preciso buscar ajuda.

“A maior parte dos casos em sua totalidade, tem um tratamento. Existem várias linhas de procedimentos e o paciente consegue melhorar a qualidade da ereção”, explicou André Cavalcanti, presidente da seccional da SBU no Rio de Janeiro.

Terapia, medicamentos e cirurgia são formas de tratar a impotência

Para Cavalcanti, geralmente a disfunção erétil em jovens costuma ter fundo psicológico, e pode ser tratada com terapia. Mas quando o problema é fisiológico, existem outras alternativas. Um dos mais conhecidos são os medicamentos orais, normalmente recomendados para a fase inicial de tratamento.

As quatro substâncias autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária atuam na melhoria do fluxo de sangue para o pênis e apresentam taxas de sucesso (ereções suficientes para penetração) que variam de 56% a 84%. Apesar disso, não funcionem para até 30% dos homens.

Nesta fase inicial, ainda há a alternativa de aplicar supositórios diretamente no canal da uretra. A medicação é absorvida e promove a ereção em 20 minutos. Menos invasivos que as injeções penianas, os supositórios oferecem resposta satisfatória de 30% a 40%.

Como segunda linha de tratamento, caso os anteriores não sejam indicados ou não funcionem, existem os medicamentos injetáveis. O próprio paciente aplica a injeção no pênis para estimular a ereção. Para os pacientes sem sucesso com as terapias clínicas e para quem tem disfunção erétil irreversível, a cirurgia de implante de prótese peniana pode ser a saída. O grau de satisfação chega a 97% e vem sendo cada vez mais utilizada no mundo.

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