Atirador que invadiu escola da Bahia teria publicado "plano de massacre" nas redes sociais, diz jornal
No texto, o atirador que invadiu a escola na Bahia descreveria como um "ser iluminado" e diz ter "nojo e ódio" dos grupos em que convive
Com informação do jornal O Globo
O jovem de 14 anos suspeito de invadir a Escola Municipal Eurides Sant'anna, em Barreiras, Bahia, nessa segunda-feira (26), teria publicado um "plano de massacre" nas redes sociais.
Segundo o Jornal O Globo, o menino é filho de policial e estava matriculado a unidade de ensino onde invadiu, armado, e vitimou uma cadeirante de 20 anos. A polícia está investigando um manifesto de 29 páginas possivelmente escrito pelo jovem.
No texto, o menino se descreve como um "ser iluminado" e diz ter "nojo e ódio" dos grupos em que convive. (veja abaixo)
ESTUDANTE INVADE ESCOLA COM ARMAS E BOMBA CASEIRA NA BAHIA
De acordo com o Rivaldo Luz, o menor entrou na escola armado com um revólver calibre 38, duas armas brancas e aparentemente uma bomba caseira. Não há informações sobre a motivação do crime.
Segundo informações preliminares da equipe TV Oeste, emissora da TV Bahia na cidade de Barreiras, o atirador era matriculado no colégio onde aconteceu a tragédia, mas não frequentava as aulas.
A ação vitimou a morte da cadeirante Geane da Silva Brito, de 20 anos.
"Quando cheguei só deu pra ver o suspeito todo encapuzado. Consegui, pelo instituto humano, apenas correr. Vi que ele efetuou vários disparos. Ele atingiu uma cadeirante", disse a coordenadora pedagógica Mônica Patrícia à TV Bahia.
Durante a ação, o atirador foi baleado por um ator, até então desconhecido. O jovem foi atendido no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para para o Hospital Geral do Oeste.
De acordo com a Rádio Oeste Barreiras (FM), o adolescente passou por uma cirurgia e segue internado no Hospital Geral do Oeste. O atual estado de saúde não foi divulgado.
POLÍCIA INVESTIGA MANIFESTO DE ÓDIO ATRELADO A ATIRADOR
Há possibilidade do atirador ter postado o manifesto em um perfil extremista nas redes sociais.
"Eu vivi com meu pai na maior parte da minha vida, pois meus pais eram separados e não tinham nenhum sentimento mútuo. Desde pequeno sentia-me superior aos demais, alimentava nojo e ódio de grupos do meu convívio, simplesmente não aceitava estar no mesmo lugar que eles, sentia que merecia mais, ou eles mereciam menos, o que importava era estar por cima", diz o texto.
Na publicação, o estudante teria falado também das relações escolares. "A cada dia que vou à escola, sinto-me subjugado, se misturar com eles é nojento, é estupidamente grotesco, sinto ânsia de vômito quando um deles me tocam (sic). Sou puro em essência, mereço mais que isso, sou sancto."
"Saí da capital do Brasil para o merdeste, e nunca pensei que aqui fosse tão repugnante. Lésbicas, gays e marginais aos montes acham que são dignos de me conhecer e de conhecer minha santidade. Os farei clamar pela minha misericórdia, sentirão a ira divina", completou.
Pouco antes do ataque na escola, o há também a publicação de uma mensagem no perfil. "Irá acontecer daqui 4 horas e eu tô bem de boa. Estou tão calmo, nem parece que irei aparecer em todos os jornais".