A Polícia Civil indiciou nesta segunda-feira (23) o casal carioca suspeito de tentar negociar as filhas pela internet por suposto tráfico internacional de pessoa, corrupção de menores e também por prometer entregar um filho em troca de pagamento. Se condenados, os dois poderão ser punidos com até 18 anos de reclusão.
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Segundo o delegado Geraldo da Costa, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), além de tentar comercializar a caçula de 2 anos com um casal de Goiás, as investigações indicaram que os suspeitos – um motobói de 40 anos e uma manicure de 23 – negociaram a menina com espanhóis.
O inquérito também apontou o possível envolvimento da filha do suspeito, de 17 anos, grávida, que teria sido forçada pelo pai a ajudá-lo na trama.
“Eles não chegaram a enviar a criança para a Espanha, mas realizaram atos preparatórios. Por isso, foram enquadrados também no crime de tráfico internacional de pessoas”, explicou o delegado.
O inquérito foi concluído após a polícia tomar, ainda ontem, novos depoimentos dos acusados. Ele foi ouvido no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, e ela, na Colônia Penal Feminina do Recife, no Cordeiro, Zona Oeste da capital pernambucana.
Geraldo da Costa decidiu ouvir de novo os suspeitos após encontrar, na sexta-feira, dois cadernos com anotações sobre a venda da filha caçula a um casal da Espanha. O material estava na casa do casal carioca, em Jaboatão dos Guararapes, e foi localizado durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão. No local, também havia uma cópia de identidade falsa e fotografias de crianças. Um dos cadernos continha até um roteiro para a acusada se guiar na hora de aplicar os golpes, informou a polícia.
Em seu segundo depoimento, a mulher confirmou a intenção de vender a menina aos espanhóis. Relatou que o marido falsificou um passaporte com o nome dela e a foto de sua enteada de 17 anos.
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