CASA-GRANDE & SENZALA

Movimentos sociais vão acionar MPPE contra Wilson Damázio

Ato foi provocado após declaração polêmica do secretário de Defesa Social ao Jornal do Commercio

Do JC Online
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Publicado em 19/12/2013 às 17:12
Foto: Michele Souza/JC Imagem
Ato foi provocado após declaração polêmica do secretário de Defesa Social ao Jornal do Commercio - FOTO: Foto: Michele Souza/JC Imagem
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Instituições ligadas aos direitos humanos vão processar o secretário Wilson Damázio no Ministério Público pelas declarações dadas por ele ao Jornal do Commercio, na reportagem que fecha a série Casa Grande & Senzala - 80 anos, da jornalista Fabiana Moraes, publicada nesta quinta-feira (19). As organizações pretendem entrar com a representação cobrando responsabilidade civil e criminal. O secretário colocou o cargo a disposição após as declarações polêmicas.

Em entrevista coletiva, os movimentos sociais leram uma nota pública, entitulada "Pacto Seletivo pela Vida: desvio de conduta é a fala do Secretário". Eles exigem a saída de Damázio do cargo e querem um posicionamento do governador Eduardo Campos sobre o caso. As instituições justificam que é inadimissível que Wilson Damázio esteja a frente de uma Secretaria de Defesa Social, pois ele legitima e justifica os crimes de estupro, espancamentos e abusos praticados pela polícia.

As organizações em defesa dos direitos humanos iniciaram uma campanha nas redes sociais para a saída do secretário do cargo. "As palavras do secretário condensam a (não) política do governo de Pernambuco para as mulheres e, em última instância, reforçam a lógica de que a culpa da violência que sofrem é sempre das meninas e mulheres", escreveram.

"Além de provocar indignação e revolta, as declarações tornam nítida a forma de gestão da segurança pública em Pernambuco e o descompromisso do governo Eduardo Campos com a luta contra a violência patriarcal – que só é tratada na sua vertente doméstica, deixando de lado toda a gama de situações violentíssimas e de violação de direitos humanos de meninas e mulheres, como as abordadas na matéria do JC", diz a nota.

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