Memória ferroviária

Locomotiva inglesa está na estrada, rumo ao Rio Grande do Norte

Máquina pertencia ao Museu do Trem do Recife, mas Pernambuco perdeu a disputa judicial para o Rio Grande do Norte

Da Editoria Cidades
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Publicado em 10/10/2014 às 14:58
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Máquina pertencia ao Museu do Trem do Recife, mas Pernambuco perdeu a disputa judicial para o Rio Grande do Norte - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Terminou às 14hh15 desta sexta-feira (10) a operação para retirada da locomotiva inglesa e do vagão de carga usado no transporte de cana-de-açúcar das dependências do Museu do Trem do Recife, no bairro de São José, localizado no Centro da cidade. O trabalho começou pouco depois das 4h e demorou quase dez horas para ser executado. A velha máquina a vapor, feita de ferro, e a carroça já estão a caminho do Rio Grande do Norte, onde deverão compor o acervo de um futuro museu ferroviário.

Puxados por guindaste, a locomotiva e o vagão foram colocados numa carreta, enviada pelo governo potiguar, que reivindicou na Justiça o direito de ficar com as duas peças. A disputa judicial se prolongou por dez anos, de acordo com o engenheiro Frederico Almeida, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Pernambuco. "Brigamos muito, mas perdemos a ação", diz ele.

Desde 1975 a carroça fazia parte do acervo do Museu do Trem do Recife, inaugurado três anos antes e instalado na antiga Estação Central. A Maria Fumaça, apelidada Catita, por ser de pequeno porte, veio do Rio Grande do Norte para decorar os jardins do prédio-sede da Rede Ferroviária (RFFSA), ao lado da Estação Central, e foi transferida para o museu no fim da década de 90, conforme André Cardoso, representante local da ONG nacional Amigos do Trem.

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