BEBIDA

Fabricação da Axé de Fala é proibida em Olinda até regularização

Falta de informações sobre os ingredientes e modo de fabricação são os motivos apontados pela Vigilância Sanitária para impedir a produção do produto artesanal

JC Online
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Publicado em 17/03/2017 às 13:30
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Falta de informações sobre os ingredientes e modo de fabricação são os motivos apontados pela Vigilância Sanitária para impedir a produção do produto artesanal - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Quem vai à Rua do Amparo, no Sítio Histórico de Olinda, tem encontrado dificuldade para encontrar à venda a bebida africana Axé de Fala. O motivo é que durante o período momesco, a Vigilância Sanitária do município interditou uma das principais fábrica artesanais que produz o líquido na Cidade Alta. Sucesso entre o público mais jovem, a axé não possui registro de existência na relação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, segundo a prefeitura; e por isso, até que a situação seja regularizada, não haverá produção e consequentemente venda do produto em Olinda.

 

Com origem africana, a Axé de Fala é produzida em casas do Sítio Histórico de forma artesanal. Dos poucos ingredientes revelados, cravo, canela e guaraná compõem a bebida doce que contém cerca de 12% de teor alcoolico e é vendida por, em média, R$ 5 .

De acordo com a Secretaria de Saúde, a interdição foi respaldada porque o proprietário do ponto comercial desrespeitou o artigo 10, inciso 31 da Lei Federal 6437/77, que adverte sobre "construir, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, laboratórios de produção de medicamentos, drogas, insumos, cosméticos, produtos de higiene, dietéticos, correlatos, ou quaisquer outros estabelecimentos que fabriquem alimentos, aditivos para alimentos, bebidas, embalagens, saneantes e demais produtos que interessem à saúde pública, sem registro, licença e autorizações do órgão sanitário competente".

Fabricantes da Axé de Fala

A reportagem do JC tentou entrar em contato com os responsáveis pela fabricação da Axé de Fala na Rua do Amparo, mas sem sucesso. Nas redes sociais, o grupo vem fazendo publicações de conteúdos a favor da empresa e pedindo para que os consumidores façam uma campanha em prol da liberação do produto.

Ainda conforme a secretaria, desde a primeira inspeção, foi identificada a falta de origem das propriedades dos fitoterápicos, informações sobre a qualidade da água utilizada na produção e acondicionamento inadequado dos produtos comercializados.  

O local só poderá voltar a funcionar a partir do momento em que o proprietário atenda às exigências legais cobradas pela Secretaria Municipal de Saúde. O que até o momento ainda não foi sinalizado, pelo menos nas redes sociais, dos produtores da Axé de Fala.

 

 

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