Operação Inverno

Guerra às sucatas em Olinda

Prefeitura iniciou o recolhimento das sucatas e demolição das construções irregulares nas margens de canais e lagoas

Da editoria de Cidades
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Publicado em 17/03/2017 às 8:00
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Prefeitura iniciou o recolhimento das sucatas e demolição das construções irregulares nas margens de canais e lagoas - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A Prefeitura de Olinda realizou na manhã de ontem uma ação de limpeza das margens de canais e lagoas da cidade, retirando entulhos e construções irregulares instaladas no local. Mais de 100 funcionários participaram da ação, que contou com uma força-tarefa formada pelas Secretárias de Meio Ambiente Urbano e Natural, Saúde, Segurança Urbana, Transportes, Defesa Civil e Polícia Militar. A ação faz parte da Operação Inverno, que promove atos de prevenção para a temporada de chuvas na cidade. Os locais escolhidos para o pontapé inicial da operação foram a Lagoa de Santa Tereza, no bairro do Varadouro, o Canal Tiradentes, na 4ª etapa de Rio Doce, e o Canal do Fragoso, no bairro de Jardim Fragoso. 

De acordo com André Botelho, secretário de Meio Ambiente Urbano e Natural e responsável pela ação, além de ser preventiva, a atitude por parte da prefeitura também é fiscalizatória. “A parte educativa já aconteceu, quando nós enviamos notificações para as construções irregulares e terrenos indevidamente ocupados há cerca de 20 dias, para que as pessoas tivessem tempo de se organizar. Além disso, com essa ação, estaremos também fiscalizando imóveis que estejam em situação ilícita”, afirmou Botelho.

Nos locais escolhidos para início da atividade, não haviam pessoas residindo, mas existiam lava-jatos e depósitos de carros ou materiais. Na Lagoa de Santa Tereza, primeiro lugar a ser visitado pela força tarefa da prefeitura, uma cooperativa de reciclagem estava instalada no terreno que fazia parte de uma área de proteção ambiental e foi interditado. Luiz Henrique Viegas, 59 anos, trabalhava no local há seis anos e considerou a ação justa. “A ação é justa, porque é uma área de preservação, mas é complicado porque nosso trabalho ajuda a comunidade e precisamos de um outro lugar para continuar o que fazemos aqui”, desabafa.

Já Sérgio Pereira, 59 anos, viu o lava jato do filho ser demolido por estar construído na beira do Canal Tiradentes, em Rio Doce, e apoiou a ação. “Se for para melhoria da comunidade, eu acho bom. Mas se for para derrubar por derrubar, não ajuda ninguém.”, explicou. Após a intervenção nos terrenos, equipes da Secretaria de Saúde fizeram a aplicação de fumacê, para eliminar possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti.

 

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