Data Magna

Festa do bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817 chega ao fim

Deflagada dia 6 de março, a Revolução Pernambucana de 1817 é um movimento republicano baseado na democracia e na liberdade

Da Editoria Cidades
Cadastrado por
Da Editoria Cidades
Publicado em 06/03/2018 às 6:06
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Deflagada dia 6 de março, a Revolução Pernambucana de 1817 é um movimento republicano baseado na democracia e na liberdade - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Leitura:

Pernambuco encerra nesta terça-feira (06/03), pela primeira vez com um feriado na Data Magna do Estado, as comemorações do bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817. A programação começa às 7h30 com hasteamento de bandeiras e desfile cívico-militar em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, localizado na Praça da República, bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.

Depois de assistir ao desfile, o governador Paulo Câmara colocará uma coroa de flores no Monumento aos Heróis da Revolução Pernambucana de 1817, escultura de Abelardo da Hora (1924-2014) na Praça da República. No mesmo ato serão entregues medalhas a instituições que colaboraram com as celebrações dos 200 anos da revolta que deixou o Estado independente da Coroa Portuguesa durante 75 dias.

Na despedida da efeméride, o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, com apoio do governo do Estado, promove o 6º Congresso Nordestino de Institutos Históricos e o 1º Congresso Pernambucano de Institutos Históricos Municipais. A ideia é fazer um balanço das atividades do bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817 e começar a organizar as celebrações das próximas datas históricas.

“Temos o bicentenário da Convenção do Beberibe em 2021, da Independência do Brasil em 2022 e da Confederação do Equador em 2024”, declara o historiador e presidente do Instituto Arqueológico, George Cabral. Aberto segunda-feira (05/03) à noite no auditório do instituto (Rua do Hospício, 130, Boa Vista, Centro do Recife), o congresso continua até esta quarta-feira (07/03), com debates no Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas.

Nesta manhã, o grupo participa da solenidade no Palácio do Governo e em seguida acompanha o encerramento da exposição Revolução Republicana de 1817, em cartaz desde março passado no Museu da Cidade do Recife (bairro de São José, Centro), com peças do acervo do Instituto Arqueológico. Com o fim da mostra, os objetos retornam ao Museu do Instituto, diz George Cabral.

“Durante o congresso, vamos conhecer as ações dos institutos históricos do interior, que desenvolvem um importante papel na divulgação da nossa história. E também articular atividades sincronizadas para as próximas efemérides”, destaca George Cabral. As inscrições para o congresso, que tem como tema A Revolução Pernambucana de 1817 na Construção do Brasil, eram gratuitas.

LEI

A Data Magna assinala o dia em que foi deflagrada no Recife a Revolução Pernambucana de 1817, movimento de caráter republicano que pregava uma sociedade baseada na liberdade de culto e de imprensa e na transparência das ações do governo, explica George Cabral. O feriado está definido na Lei Estadual nº 16.059 de 8 de junho de 2017, dos deputados Terezinha Nunes (PSDB) e Isaltino Nascimento (PSB).

De acordo com a lei, as escolas devem aproveitar a data para trabalhar com os estudantes a temática da revolução. Segunda-feira (05/03) à tarde, alunos da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Professor Cândido Duarte, em Apipucos, Zona Norte do Recife, inauguraram painel comemorativo elaborado com auxílio da professora Pollyana Rêgo, e assistiram ao curta metragem 1817: Amor, Revolução e Liberdade, produzido por alunos da Erem Olinto Victor, da Várzea, com orientação do professor Ederval Trajano.

“O Estado de Pernambuco tem uma força cultural grande e precisamos valorizar isso”, reforça George Cabral.

Últimas notícias