Socioeducandas da Casa de Semiliberdade (Casem) Santa Luzia, no Recife, receberam novas medidas de cumprimento de reclusão, que foram reavaliadas pela Justiça. Dez adolescentes tiveram suas penas revisadas durante as sessões presididas pelo juiz Arthur Teixeira de Carvalho Neto, da 1ª Vara Regional da Infância e Juventude.
No Casem, localizado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da Capital, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), as garotas reclusas têm o direito de sair para realizar atividades externas e retornarem no fim do dia.
Após a sessão judicial as adolescentes receberam algumas mudanças. Duas delas foram suspensas da volta para a unidade, já que têm filho e devem ficar cuidando das crianças. Outra adolescente recebeu a internação-sanção, onde passará 60 dias reclusa, por não ter cumprido as exigências da Justiça anteriormente. Após este prazo ela voltará a se apresentar ao juiz.
Ainda durante a ação, uma socioeducanda recebeu a manutenção da medida e passará a ser avaliada a cada três meses, e não a cada seis, como acontecia antes. A outras seis adolescentes levadas às audiências continuarão na situação de semiliberdade.
De acordo com a coordenadora geral da Casem Santa Luzia, Edilene Lima, as audiências concentradas são importantes no processo de socioeducação. “As adolescentes passam a entender melhor o motivo da medida para a qual foram designadas. Elas valorizam mais a Casem. Entendem que não há motivo de evadirem, pois, na semiliberdade, elas não cumprem medida em regime fechado”, pontuou Edilene.
