JULGAMENTO

Júri dos acusados de matar criança em ritual macabro no Agreste deve acabar nesta sexta-feira

O crime aconteceu em 2012, na cidade de Brejo da Madre de Deus. Nesta quinta-feira (26), os quatro acusados foram interrogados

JC Online
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Publicado em 27/02/2020 às 21:49
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O crime aconteceu em 2012, na cidade de Brejo da Madre de Deus. Nesta quinta-feira (26), os quatro acusados foram interrogados - FOTO: Foto: Reprodução/TV Jornal
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O júri dos quatro acusados de matar um menino de 9 anos em um ritual macabro em Brejo da Madre de Deus, Agreste do Estado, será retomado na manhã desta sexta-feira (28). O crime aconteceu em 2012. O julgamento, no Fórum Thomaz de Aquino, em Santo Antônio, área central do Recife, teve início nesta quinta-feira (26) após três adiamentos. O grupo foi interrogado pelo juiz Abner Apolinário da Silva, pelos representantes do Ministério Público e pela defesa. 

Para esta sexta-feira (28), de acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), estão programados a fase de debates entre MP e defesa dos réus e o resultado do Conselho de Sentença.

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Morte de criança em ritual macabro

Genival Rafael da Costa, 62 anos, Maria Edileuza da Silva, 51, Edinaldo Justos dos Santos, 33, e Edilson da Costa Silva, 31, respondem pelo homicídio triplamente qualificado de Flânio da Silva Macedo (motivo torpe, com emprego de meio cruel, para assegurar a execução, a ocultação, a imputação ou vantagem de outro crime) e também pelo crime de estupro de vulnerável. 

Flânio desapareceu no dia 1º de julho de 2012, após sair de casa, na Travessa Ana Maria da Conceição, por volta das 6h, para carregar frete na feira da cidade. Depois de procurar a polícia e a imprensa, parentes souberam que ele tinha sido visto na zona rural, empurrando a carroça que usava para trabalhar e, na frente, ia um homem em uma bicicleta.

O corpo do garoto foi encontrado dez dias depois, já em estado de decomposição, no Sítio Camarinhas, um local de difícil acesso e, segundo a polícia, conhecido por ser utilizado para rituais macabros. A cabeça do menino estava a cerca de um metro de distância do corpo e sem os olhos. Os braços e as pernas estavam amarrados. O corpo estava sem roupa.

Nas proximidades do corpo, foram encontrados objetos como bonecos de vodu, penas, ossos, velas, panelas e comida. A carroça que o menino utilizava para fazer os fretes também estava no local. Investigações posteriores comprovaram que a criança sofreu violência sexual por cerca de 20 minutos antes de morrer. No ritual, ele teve o sangue colhido e o pescoço apertado por um torniquete até ser degolado.

Na época, segundo o delegado responsável pelo caso, o casal Antônio Dutra, Genival e Maria Edileuza ficou com medo de ser descoberto e linchado pela população e se entregou no posto policial do distrito de São Domingos. “Eles contaram ter recebido R$ 400 do pai de santo para pegar o menino e participar do ritual. Antes de matar a criança, Genival e o pai de santo se revezaram em atos de abuso sexual”, detalhou o delegado.

Revoltados com o crime, moradores de Brejo da Madre de Deus promoveram um quebra-quebra em algumas residências da cidade. 

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