SÃO PAULO - A luz verde dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Instituto Butantan para prosseguir com os testes clínicos de uma vacina contra a dengue reacendeu as esperanças de um dia acabar com as sucessivas epidemias da doença. Mas isso agora é só uma parte do problema.O surgimento de dois outros vírus (zika e chicungunha) reforçou a necessidade de se encontrar uma solução para a origem comum de todas essas ameaças: o mosquito Aedes aegypti.
Mosquitos transgênicos, estéreis e infectados com bactérias são algumas das armas biológicas que a ciência está desenvolvendo para incrementar o arsenal de guerra dos seres humanos contra o insetohistoricamente limitado a aplicações de fumacê e campanhas de conscientização pública para eliminação de criadouros, que ajudam a atenuar, mas passam longe de resolver o problema.
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Por mais engajadas que as pessoas sejam, dizem os especialistas, é impossível eliminar todos os focos de reprodução do mosquito em um ambiente urbano. Precisamos de uma estratégia de controle integrado, com base na soma de várias ações, diz a bioquímica Margareth Capurro, da Universidade de São Paulo (USP), que trabalha no desenvolvimento de mosquitos geneticamente modificados.Enquanto estratégias não são aprimoradas, é essencial manter os esforços convencionais de eliminação de criadouros, única maneira testada e confirmada de reduzir a população de mosquitos, segundo o especialista Gonzalo Vecina, da Faculdade de Saúde Pública da USP.