Mais de 30 focos do Aedes aegypti foram debelados pela prefeitura este mês com a ajuda de câmeras de segurança, espalhadas em pontos estratégicos do Recife. Cumprindo uma das metas do Plano de Enfrentamento ao mosquito, lançado no início de dezembro, a Secretaria de Segurança Urbana tem utilizado os cem equipamentos do órgão para achar possíveis pontos do vetor em locais mais altos, de difícil acesso ao olho humano.
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Guaritas de prédios, lajes, quintais, caixas-d’águas danificadas ou sem tampa instaladas em telhados de casas são exemplos de pontos rastreados pelas filmadoras de alta definição, com capacidade de aproximação de até 400 metros. Da central de monitoramento, 36 operadores, divididos em seis turnos de seis pessoas, ficam 24 horas, todos os dias, verificando estes locais. A pasta envia um relatório diário à Secretaria de Saúde que, por sua vez, manda os agentes de controle de endemias diretamente aos lugares identificados.
De acordo com o secretário-executivo de Segurança Urbana, Eduardo Machado, não é a primeira vez que as câmeras, voltadas para monitorar a violência na cidade, são usadas para auxiliar outras pastas. “Os equipamentos ficam no alto de postes de seis metros de altura. A ajuda deles torna as ações de combate ao mosquito mais rápidas e efetivas, pois adiantam o trabalho dos agentes”, detalhou Machado.
Nessa segunda-feira (21), em fórum sobre o zika vírus, realizado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), o secretário de Saúde, Jailson Correia, adiantou uma nova medida de combate ao mosquito transmissor da dengue, da febre chicungunha e da zika. Segundo ele, a prefeitura vai começar a aplicar ovitrampas na cidade, armadilhas que atraem a fêmea do Aedes por meio de água parada com larvicida. As armadilhas auxiliam no controle do vetor, matando seus ovos, e ajuda a detectar os lugares de maior incidência. Correia não deu, porém, um prazo para a instalação das ovitrampas nem soube dizer quantas serão implantadas.
