Aedes aegypti

Chicungunha: UFPE oferece tratamento fisioterápico contra dor causada pela doença

Tratamento é feito com eletroterapia (usa corrente elétrica) para reduzir dores no joelho em pacientes acometidos pelos vírus

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 12/12/2018 às 9:52
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Tratamento é feito com eletroterapia (usa corrente elétrica) para reduzir dores no joelho em pacientes acometidos pelos vírus - FOTO: Foto: Freepik
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Passados três anos da epidemia de chicungunha, os pacientes acometidos pelo vírus ainda se queixam de dores crônicas de difícil controle com medicações e que acometem as articulações, especialmente os joelhos. O prolongamento dos sintomas incessantes levou um grupo do Laboratório de Eletrotermofototerapia do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a oferecer um tratamento gratuito, com uso da eletroterapia (recurso terapêutico que, por meio de equipamento, utiliza correntes elétricas com objetivo de aliviar incômodos), para controlar dores no joelho que vieram como um dos primeiros sintomas da infecção.

O trabalho, que faz parte do projeto de iniciação científica O uso da corrente diadinâmica no tratamento da dor em pacientes com sequelas da febre chikungunya: um ensaio clínico randomizado, convoca pessoas entre 18 anos e 75 anos que apresentem diagnóstico de chicungunha, fornecido por um médico, e que tenham queixas de dores nos joelhos causadas pela doença. O tratamento será realizado utilizando a eletroterapia. “Serão realizadas três sessões, sendo uma por semana. Depois de dez dias, vamos fazer uma nova reavaliação desses pacientes para analisar como eles permaneceram durante o período sem a eletroterapia”, esclarece a estudante de fisioterapia Jiselly Kelly Lima Lopes, 26 anos, que recebe orientação do professor Marcelo Renato Guerino.

Ela relata que decidiu abraçar a pesquisa depois que obteve um resultado animador com o uso da eletroterapia após ter sido acometida pela chicungunha em 2016. “Não conseguia nem andar, pois a dor no joelho era intensa. Para aliviar o incômodo, fiz sessões de eletroterapia. Gostei muito. Mas não sei se os demais pacientes responderão da mesma maneira. Então, achei importante investigar e compartilhei a ideia com o meu orientador”, diz Jiselly, que tem a colaboração de demais pesquisadores, como a também estudante de fisioterapia Maria Eduarda Ribeiro.

Os interessados em participar da pesquisa e receber o tratamento devem entrar em contato com os seguintes contatos para marcar a avaliação: Jiselly Kelly (81 98743-9098) e Maria Eduarda (81 99868-9185).

Articulações

De acordo com especialistas, o vírus da chicungunha tem predileção por acometer o músculo e a articulação. Isso leva a um processo inflamatório e à lesão articular na fase aguda (no início da infecção e dura cerca de dez dias). Há uma hipótese de que o vírus permanece na articulação, o que justificaria a perpetuação do processo inflamatório por meses após a infecção.

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