BAIRRO DO RECIFE

Maurício Silva expõe pinturas e peças em cerâmica na Arte Plural

Artista utilizou materiais como cascas de pistache, bilhetes de metrô e objetos encontrados para fazer algumas das criações

Do JC Online
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Publicado em 11/08/2015 às 6:44
Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
FOTO: Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Nas três séries que apresenta em sua nova exposição individual no Recife, o artista plástico Maurício Silva trabalha com alguns materiais descartados – ferramentas, tíquetes de metrô ou cascas de pistache. Eles são utilizados, de maneiras distintas, na execução das pinturas e peças em cerâmica agora reunidas  na mostra Mais, Menos ou Quase Tudo. Ela é inaugurada nesta terça-feira (11/8), às 19h, na Arte Plural Galeria (para convidados).

Maurício Silva define esta exposição como  retrospectiva de um período da vida dele, relacionado à mudança com a família para a França, onze anos atrás. Entre as obras, há duas pinturas que estavam entre as três com as quais Maurício participou da Bienal do Mercosul (1999), mas que ainda não tinham sido mostradas no Recife. "Achei que elas tinham a ver com a nova fase na minha carreira. Eu trabalhava muito com a figura. Na França fui fazendo um tipo de trabalho que chamo de abstracionismo geométrico informal. Se você olhar para estas pinturas (as da Bienal), pode identificar ossos, pedras e cristais. Este outro  painel (Instrumentos da paisagem) representa o que faço atualmente", afirma Maurício.

Também fazem parte da série Instrumentos da paisagem cerâmicas que o artista esculpe seguindo o formato de objetos com uma pá e um machado. As outras peças em cerâmica são cabeças similares às que o artista criou e enterrou na Fábrica Tacaruna em 2002, durante o 45º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco.

De volta às pinturas, a série Suíte Pistache foi a primeira do período em que o artista passou a morar na França. Ele dispõe as pequenas cascas sobre a tela, criando linhas, como uma máscara entre as aplicações das camadas de tinta. Quando o material é retirado, surgem pontos de outra cor.

 As pinturas são reunidas em composições maiores, que podem mudar a cada exposição ou na casa do colecionador. Olhando de perto ou de longe, o observador  tem impressões distintas da pintura (algo semelhante ao que ocorre quando, ao se aproximar de outdoors, a pessoa vê os pontos que formam a imagem). 

O mesmo acontece com as obras da série Aller et Retour, nas quais o artista compõe aproveitando as formas dos bilhetes de metrô. Maurício cola os pequenos papéis em diferentes posições, faz dobraduras e pinta sobre eles. Olhando de perto, nota-se as inscrições de data, hora e local, além de  anotações.

Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Maurício Silva na frente da obra Instrumentos na paisagem - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Gustavo Bettini/Divulgação
Visão geral da obra Instrumentos na paisagem - Gustavo Bettini/Divulgação
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Obra da Suíte-Pistache - Gustavo Bettini/Divulgação
Gustavo Bettini/Divulgação
Obra da Suíte-Pistache - Gustavo Bettini/Divulgação
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Detalhe das obras Aller et Retour 2 e 3 - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Detalhe de outra obra da série Aller et Retour - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Detalhe da obra mais nova da série Aller et Retour (em primeiro plano) - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Aller et Retour 1 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 2 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 3 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 4 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 5 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 6 - Gustavo Bettini/Divulgação
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Aller et Retour 7 - Gustavo Bettini/Divulgação
Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Machado encontrado pelo artista enterrado em um local na França - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Alguma das peças em cerâmica que ele fez usando o machado como molde - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
As peças são expostas em sequência na galeria - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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O artista também produziu pás em cerâmica a partir de outro objeto encontrado - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Uma das cabeças em cerâmica feitas pelo artista - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem
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Cem peças como estas foram enterradas pelo artista anos atrás no terreno da Fábrica Tacaruna - Eugênia Bezerra/Especial para o JC Imagem

 

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