O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta quinta que não viu indícios de crime de pornografia infantil na performance La Bête, inspirada na obra de Lygia Clark, realizada no ano passado no Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo.
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Alvo de polêmica, a performance trazia um artista nu, que ficava deitado no chão e as pessoas podiam interagir com ele. Em um vídeo gravado, uma criança, acompanhada da mãe, mexia nas mães e pés do artista. A cena foi amplamente divulgada na internet e gerou uma onda de críticas.
Segundo o MPF, não há nas imagens elementos de pornografia infantil. “A mera nudez do adulto não configura pornografia eis que não detinha qualquer contexto erótico. A intenção do artista era reproduzir instalação artística com o uso de seu corpo, e o toque da criança não configurou qualquer tentativa de interação para fins libidinosos”, escreveu a procuradora da República Ana Letícia Absy.
ARQUIVAMENTO
O MPF pediu o arquivamento da investigação que apurava o caso. O órgão também arquivou a investigação que apurava a responsabilidade do MAM, pois o tema já é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo.