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'Não Se Aceitam Devoluções' traz o lado dramático de Leandro Hassum

Conhecido pelas comédias hilariantes, o ator agora encara uma trama envolvente como pai solteiro

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 31/05/2018 às 5:00
Foto: Léo Motta/JC Imagem
Conhecido pelas comédias hilariantes, o ator agora encara uma trama envolvente como pai solteiro - FOTO: Foto: Léo Motta/JC Imagem
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Leandro Hassum, comédia e cinema, atualmente, são quase sinônimos. Mas quem for ao cinemas a partir desta quinta-feira (31) para assistir seu mais novo longa Não Se Aceitam Devoluções, verá um ator mostrando um pouco mais de seu lado dramático.

O ator carioca de 44 anos esteve no Recife há duas semanas conversando com a imprensa local para divulgar sua nova comédia, que é um remake da fita mexicana Não Aceitamos Devoluções (No Se Aceptan Devoluciones), de 2013. Na conversa com o Jornal do Commercio, Hassum contou que quase não aceitou fazer o filme por conta de agenda, mas se apaixonou ao ver a versão original.

Ao trazer o longa para o Brasil, adaptado por Ana Maria Moretzohn e Patrícia Moretzohn (conhecidas autoras de novelas), o ator contou que a “tropicalização” da obra é o que fez diferença nesta releitura: “Eu acho que, hoje em dia, as adaptações, os remakes, têm que se ‘tropicalizar’. Para que seja crível, e o brasileiro que for assistir, o popular, que é o que eu gosto de fazer, se identifique com aquela história o tempo todo”.

Na versão tupiniquim, dirigido por André Moraes, Juca Valente (Hassum) é dono de um quiosque no litoral de São Paulo. Eterno namorador, ele não gosta de responsabilidades e não pensa em ter um relacionamento sério. Mas sua vida toma outro rumo quando uma ex-namorada norte-americana larga um bebê com ele e desaparece.

Mesmo sendo uma adaptação, o protagonista garante que seus improvisos estão lá. “Esse tem muito improviso. Mas esse filme é de história, e não de personagem. Então, o que se tem que tomar cuidado – principalmente comediantes, que são movidos a risadas – é em que momento esquecemos da história que é boa de contar”, frisou Hassum. Ele completa: “Não que os outros filmes que eu tenha feito não tenha um enredo consistente. Mas desta vez, a história é muito mais forte que um solo de improviso”.

TOLERÂNCIA

Não Se Aceitam Devoluções é um longa que também aborda com sutileza os diversos arranjos familiares. Seja com Juca tentando educar sozinho a doce Emma (interpretada pela estreante Manuela Kfouri) enquanto trabalha como dublê em Hollywood, seja quando a mãe Brenda (Laura Ramos) retorna, desta vez, com uma companheira, para lutar pela guarda da menina.

“E daí quem você escolheu para ser seu parceiro ou sua parceira? Contanto que você dê uma educação bacana, crie essa criança para o mundo e não esconda uma realidade que está na cara. Para quê omitir a verdade? Para iludir? A ilusão neste filme, o que o Juca tenta fazer com a Emma de esconder, é o que quase faz ele perder a filha”, entrega o ator.

O longa foi gravado em cinco semanas. E mesmo com tamanha experiência, Leandro Hassum diz que aprendeu bastante com as crianças em cena. A bebê que faz Emma pequena tinha apenas 2 anos na época das gravações. A pequena chorou de verdade numa sequência gravada no aeroporto. “E choro de criança é uma coisa que dói na tua alma”, confessou.

O protagonista também foi só elogios para a atriz estreante que interpretou sua filha. “A Manuela mostrou, desde o primeiro dia de filmagem, uma maturidade muito grande em cena, mesmo com apenas nove anos na época da gravação”, afirmou.

Ainda que seja uma comédia brasileira baseada em um roteiro importado, Leandro Hassum acredita na força do cinema nacional. “O que cada dia me apaixona mais no cinema nacional – e eu quero cada vez mais na produção – é uma equipe bem montada. Um time bem armado, a gente faz coisas que americano fica de boca aberta”, conclui.

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