Troféu

Em estreia no cinema, atriz pernambucana é premiada em Santa Catarina

Inês Maia protagoniza o curta-metragem de horror 'Casa Cheia', conquistando o prêmio de melhor atriz no festival Florianópolis Audiovisual Mercosul

Rostand Tiago
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Rostand Tiago
Publicado em 27/06/2018 às 9:46
Foto: Maristela Martins/Reprodução
Inês Maia protagoniza o curta-metragem de horror 'Casa Cheia', conquistando o prêmio de melhor atriz no festival Florianópolis Audiovisual Mercosul - FOTO: Foto: Maristela Martins/Reprodução
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O cinema de terror pernambucano vem conquistando um bom espaço na produção local e, aos poucos, ganhando reconhecimento pelo país. Um bom exemplo é o curta-metragem Casa Cheia, de Carlos Nigro, que deu à jovem atriz Inês Maia, 20, o prêmio de melhor atriz no festival Florianópolis Audiovisual Mercosul, realizado em Santa Catarina. "Foi meu primeiro filme, eu tinha 15 anos, fui chamada para teste de elenco e acabei passando. Agora ele tá indo para festival, fazendo bem esse circuito", afirma Inês.

O curta começou sua circulação ainda no ano passado e vem angariando louros. Um exemplo de destaque é o prêmio da crítica do Fantaspoa, considerado o maior festival de cinema fantástico do Brasil, em Porto Alegre. "Casa Cheia é um filme que vem trabalhando uma estética muito recorrente no cinema pernambucano que é o horror, está havendo esse resgate. É um dos primeiros projetos dessa nova ala, que já tem vários outros nomes também", explica.

No curta, Inês interpreta uma menina portadora de asma que se encontra presa em casa e acesso a sua medicação. Sua situação acaba se tornando sufocante durante todo o tempo em que se encontra sem respirar direito. "O filme traz uma sensação muito forte com o público, ele o sente de forma corpórea. Cada vez mais que ela fica sem ar, o espectador vai ficando sem ar," diz Inês.

Inês estuda Cinema na Universidade Federal de Pernambuco, mas acredita que seu futuro mesmo é na atuação. “Eu sempre tive o desejo de atuar, brincava que até mesmo antes de saber meu próprio nome. Acho que o curso de cinema é mais hobby e atuação sempre foi foco”. A atriz ainda participa do curta Superpina, de Jean Santos, e na série Fãtasticos, também dentro do gênero horror.

CASA CHEIA

O roteiro do filme foi concebido em 2009 por Carlos Nigro e aprovado no Funcultura em 2012. Estreou em outubro do ano passado no Screamfest, o maior e mais antigo festival de terror dos Estados Unidos. Ainda foi exibido em Bogotá, Florianópolis, Porto Alegre, além de Recife e Belo Jardim.

"Nos meus trabalhos, eu sempre procuro me armar com profissionais mais experientes que eu. Em Casa Cheia, conto com veteranos como Helga Queiroz, que já trabalhou com Cao Hamburger, na direção de arte, Roberto Iuri na fotografia, com mais de 25 anos de carreira e Marcos Freire na maquiagem. Mesmo que a história não envolva algumas pessoas, fica impossível negar a qualidade e isso reverbera nos festivais", afirma Nigro sobre a boa circulação do curta.

Sobre a escalação de Inês, ele afirma que foi feita na base do encanto. "Ela com 14 anos já era uma gêniazinha, já tinha muitas referências cinematográficas, mesmo sem ter experiência como atriz, tinha uma potencialidade que encantava, além de sempre ser muito consciente do que estava fazendo e absorver bem as dinâmicas", diz Nigro. 

 

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