Após recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Prefeitura do Rio de Janeiro negou que apresentou provas falsas no embargo encaminhado ao presidente da Corte, Dias Toffoli, no caso da Bienal do Livro. A prefeitura pediu esclarecimentos sobre a decisão de proibir a busca e apreensão de obras na feira de livros, que terminou nesse domingo (8).
Em documento distribuído pela assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), imagens do livro "As gêmeas marotas" aparecem como exemplo de "material impróprio" que estaria exposto na Bienal do Rio. O livro traz desenhos de personagens em atos sexuais.
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"É falsa a informação de que a Procuradoria Geral do Município teria enviado ao Supremo Tribunal Federal imagens do livro 'As Gêmeas Marotas', na Bienal do Livro no Rio. A Prefeitura lamenta que, na ânsia de atacar a atual gestão, parte da imprensa seja usada como ferramenta política", diz uma parte da nota.
Leia a íntegra da nota
"É falsa a informação de que a Procuradoria Geral do Município teria enviado ao Supremo Tribunal Federal imagens do livro “As Gêmeas Marotas”, na Bienal do Livro no Rio. A Prefeitura lamenta que, na ânsia de atacar a atual gestão, parte da imprensa seja usada como ferramenta política.
Reforçamos: trata-se de “fake news”. Bastava ter lido o documento original no site do STF, mas, infelizmente, alguns veículos de imprensa publicaram a informação sem a mínima apuração.
A Prefeitura do Rio reitera que não cometeu nenhum ato de discriminação. Ao contrário, a decisão de verificar o cumprimento do ECA é uma medida a favor do consumidor, que precisa ser informado sobre o produto que lhe está sendo oferecido. Tratar o tema como censura é, sim, uma tentativa de cercear o direito de cada família de decidir quais assuntos devem ser compartilhados com seus filhos.
Por fim, usamos as palavras do apresentador da TV Globo, Flávio Fachel, que, precipitadamente, trocou sua função de jornalista pela de juiz durante o Bom Dia Rio desta manhã, e devolvemos a pergunta: “Foi má-fé ou incompetência?”.