O patrocínio do projeto Natura Musical era o impulso final que faltava para a Nação Zumbi finalizar o seu oitavo disco (sendo dois com Chico Science), aos quais se somam os dois “ao vivo”, em 23 anos de carreira. Puderam convocar Berna Ceppas e Kassin, contar com o bróder Mário Caldato Jr. e Money Mark. “Nunca deixamos de lado a parte burocrática, nem nos deixamos de se falar, nem de se ver. Mas como toda relação humana, era importante para Nação Zumbi esse hiato e que cada um pudesse tocar seus projetos. Era uma forma de se oxigenar, de se renovar”, comenta Lúcio Maia. É como diz nos versos de Cuidado: “Quando você não ouve seus passos/Você perde o chão”.
Lúcio, Dengue e Pupillo saíram em turnê com Marisa Monte. Jorge du Peixe lançou a Afrobombas com Lula Lira (filha de Chico Science, que também canta no novo disco) e seu filho Ramon (hoje na Nação Zumbi). Gilmar lançou o Combo X e Toca Ogan formou o Coco Samba de Mazuca.
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Além disso, houve o lançamento do álbum do Los Sebozos Postizos e de Nação Zumbi x Mundo Livre S/A, no qual uma banda toca sete músicas da outra. “O foco agora é Nação Zumbi. Está uma correria danada, mas vamos tentar conciliar os projetos paralelos”, adianta Lúcio, que no mês passado lançou o disco com Zulumbi.
Depois de voltar a se reunir para tocar no Carnaval do Recife, Nação Zumbi esteve nos festivais Lollapalooza em Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e São Paulo, já tocando duas músicas do novo trabalho – Cicatriz e Foi de amor. Estão cotadas para entrar no repertório Bala perdida, Defeito perfeito e Pegando fogo, com umas guitarras que remetem a Sangue de bairro. “Tem músicas que não ensaiamos ainda, embora esse disco seja super diferenciado. Ele reflete a maneira como tocamos no estúdio. Do jeito que está ali é como a gente faz ao vivo”, diz Lúcio, adiantando que a banda deve tocar seis ou sete músicas de Nação Zumbi.
O show de lançamento será no Circo Voador, no Rio de Janeiro, sexta e sábado. No Recife a apresentação ocorre no dia 7 de junho, no Baile Perfumado. “A agenda está cheia todos os fins de semana até o fim de agosto. Só devemos dar uma parada de 15 dias na Copa do Mundo”, diz Lúcio. Até lá, eles estão “comendo o mundo pelas beiradas/roendo tudo, quase não sobra nada”.
