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Alaíde Costa e Gonzaga Leal apresentam 'Porcelana' no Santa Isabel

Show ocorre nesta quarta-feira (18), às 20h, dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos

JC Online
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Publicado em 18/01/2017 às 10:00
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Show ocorre nesta quarta-feira (18), às 20h, dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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Em tempos brutais, utilizar a delicadeza como modus operandi é um ato de ousadia. Desvendar a beleza dos sentimentos e lançar-se sobre a tarefa de traduzir o amor em suas mais variadas facetas foi a missão de Alaíde Costa e Gonzaga Leal no disco Porcelana, cujo show volta, nesta quarta-feira (18), às 20h ao Teatro Santa Isabel, dentro da programação do 23º Janeiro de Grandes Espetáculos.

Em meados de 2015, quando a barbárie política e social na qual o Brasil encontra-se afundado já se desenhava com mais clareza, Alaíde e Gonzaga perceberam que a busca pelo sutil, o gracioso, daria o tom de seu trabalho em conjunto. Amigos de longa data, eles lançaram mão da elegância como forma de afronta à situação vigente.

“Pensamos em uma palavra que pudesse representar esse conceito e daí surgiu Porcelana. Queríamos gravar compositores com os quais ainda não tínhamos gravado e, mesmo sem incentivo, o projeto foi ficando conhecido e canções começaram a chegar até nós como cartas de amor”, lembra Gonzaga.

Gestado inicialmente apenas como um show, que foi apresentado na abertura do Festival de Inverno de Garanhuns de 2015, o projeto ganhou registro gravado após uma conversa da dupla com o crítico de música deste JC, José Teles.

“Teles nos perguntou: ‘este show não vai virar disco?’ E então, Alaíde, que estava comemorando 80 anos, disse que queria gravar”, explica Gonzaga.

Lançado ano passado, o disco agora ganha uma apresentação com o refinamento ideal, na visão dos intérpretes. Dirigido pela atriz Ceronha Pontes, o show é construído em cima de uma base teatral.

“Ceronha criou zonas de passagem muito interessantes, com conceito de luz e também conceito cenográfico que capturam a atmosfera do projeto. É um trabalho intimista, que convida o espectador a entrar nesse ambiente”, reforça o cantor.

Para Alaíde, uma das grandes vozes da Bossa Nova, com uma carreira que já atravessa mais de seis décadas, a oportunidade de explorar novas possibilidades de repertório é um dos grandes atrativos da iniciativa.

“Gonzaga me chegava com muitas canções e compositores que eu desconhecia, mas passei a amar. Gosto do novo, tanto que nem gosto de cantar meu grande sucesso, Onde Está Você, de 1964. Só canto quando as pessoas pedem muito”, confidenciou Alaíde. 

No repertório da apresentação de hoje estão todas as músicas do Porcelana, como Divinamente Nua, a Lua, Quando Se Vai Um Amor e Bem-Me-Quer, além de outras canções. A banda é composta por onze músicos.

CONTINUAÇÃO

O projeto, ao que tudo indica, deve ter continuidade. Segundo a dupla, há a intenção de lançar um novo disco, desta vez voltado para trabalhos de compositores portugueses. O trabalho, inicialmente, se chamará Porcelana Portuguesa.

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