MINISSÉRIE

Amores roubados conta história de paixão nos sertão dos dias de hoje

A trama é baseada no clássico romance A emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela, e conta com direção e roteiro de José Luiz Villamarim e George Moura, parceiros em Canto da Sereia

Diogo Guedes
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Diogo Guedes
Publicado em 30/11/2013 às 6:43
Globo/Divulgação
A trama é baseada no clássico romance A emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela, e conta com direção e roteiro de José Luiz Villamarim e George Moura, parceiros em Canto da Sereia - FOTO: Globo/Divulgação
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RIO DE JANEIRO – A história – e lenda que surgiu a partir dela – é conhecida de boa parte dos pernambucanos: o jovem galante Leandro Dantas, acostumado a conquistar os corações das moças e senhoras recifenses de meados do século 19, se apaixona pela filha do rico comerciante Jaime Favais. Na última quinta, em evento no Rio de Janeiro, a Globo apresentou o elenco e as primeiras cenas de Amores roubados, nova minissérie do canal, baseada no clássico folhetim pernambucano A emparedada da Rua Nova, de Carneiro Vilela. A trama, adaptada para se passar nos dias de hoje no Vale do São Francisco pelo roteirista George Moura e pelo diretor José Luiz Villamarim, estreia no dia 6 de janeiro e conta com um elenco de globais, como Cauã Reymond, Isis Valverde, Murilo Benício, Patrícia Pilar, Cassia Kiss e Dira Paes, e algumas das principais figuras do cinema e do teatro pernambucano.

Cauã Reymond faz as vezes do Don Juan da história, Leandro Dantas, aqui um jovem sommelier que retorna para a cidade fictícia de Sertão – as cenas externas foram filmadas em Petrolina, em Pernambuco, e em Paulo Afonso, na Bahia – como um mestre da arte de seduzir. Ele começa a colecionar amantes, como as casadas Isabel Favais (Patrícia Pilar) e Celeste (Dira Paes), mas sente algo mais que o afã pela conquista quando conhece a filha de Isabel, Antônia (Isis Valverde). O pai dela, Jaime Favais (Murilo Benício), dono de uma próspera vinícola, é quem enfrenta – de todos os meios possíveis – o garanhão Leandro.

Amores roubados termina suas gravações neste sábado (30/11), em estúdios do Rio de Janeiro, mas começou a ser gravada há cinco meses, com intervalos. A fotografia, com registros amplos de um Sertão que não é só secura, mas também o local de encontro da modernização com as tradições, é de Walter Carvalho, que filmou as cenas de romance e ação mostrando o horizonte amplo entre o árido e o verde do Vale do São Francisco. 

O roteirista George Moura compara a série a um vinho, que melhora quanto mais se prova. “Buscamos um terroir do sertão contemporâneo, que é tão grande quanto falava João Guimarães Rosa: ele está dentro da gente”, aponta o pernambucano. A emparedada da Rua Nova, segundo ele, é uma história que o acompanha há 20 anos.

Cauã Reymond brincou, dizendo que fazer a minissérie foi como participar de um filme, dada a imersão em Petrolina. “Eu fui o ator que mais ficou lá. O bom de trabalhar em uma locação é que você fica imerso nela”, contou. 

Foi durante as gravações de Amores roubados que surgiu o rumor de um caso entre Isis Valverde e Cauã Reymond – motivo da separação do ator e da atriz Grazi Massafera. Os dois se recusaram a comentar o episódio, mas, quando perguntado se o boato ajudava ou atrapalhava o programa, Cauã comentou sucintamente. “É algo chato no ponto de vista pessoal, mas eu espero que pelo menos dê Ibope”, falou.

Perguntada sobre se fazer a cantora baiana Sereia, de Canto da Sereia, ajudou na construção de uma outra personagem nordestina, Isis disse que não. “Antônia é pernambucana e os sotaques são completamente diferentes Ela é outra criação, outra voz, outro corpo, até”, descreveu a atriz.

Leia mais no Jornal do Commercio deste sábado (30/11).

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