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Jornalista Geneton Moraes Neto morre aos 60 anos no Rio de Janeiro

Pernambucano havia sido vítima de um aneurisma da artéria aorta e não resistiu a complicações

JC Online
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Publicado em 22/08/2016 às 19:18
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Uma marca do jornalismo brasileiro, o pernambucano Geneton Moraes Neto não resistiu a complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta e morreu nesta segunda-feira (22), aos 60 anos.

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O jornalista estava internado num leito da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Há alguns meses, familiares e amigos haviam usado as redes sociais para pedir doação de sangue.

Geneton, que estava no quadro de funcionários da Rede Globo desde 1985, iniciou a trajetória na profissão como repórter do Diario de Pernambuco, na década de 1970.

Logo depois, entre 1975 e 1980, foi repórter da sucursal no Nordeste do jornal O Estado de S.Paulo. Entrou para a Rede Globo Nordeste e seguiu para o Rio em 1985.

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Geneton entrevista Ghiggia, jogador uruguaio carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1950 - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista o escritor paraibano Ariano Suassuna, que morreu em 2014 - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista o jornalista e escritor brasileiro Carlos Heitor Cony - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista o polêmico político brasileiro Paulo Maluf - Reprodução do Facebook
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Geneton e Sergio Chapelin durante gravação da locução de uma de suas reportagens - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista o escritor, dramaturgo e jornalista brasileiro Marcelo Rubens Paiva - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista Hohensinn, alemão que participou da tentativa de resgate de atletas de Israel - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista em Londres o cineasta norte-americano Woody Allen - Reprodução do Facebook
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Geneton entrevista James Earl Ray, o assassino do líder negro Martin Luther King, - Reprodução do Facebook
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Geneton e o jornalista/escritor americano Gay Talese, que contribuiu para o jornalismo literário - Reprodução do Facebook

 

Na Globo, atuou como editor do Jornal da Globo e do Jornal Nacional. Foi correspondente na Inglaterra. Também foi repórter e editor-chefe do Fantástico.

RECONHECIMENTO

As entrevistas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves, exibidas no programa Dossiê Globonews, renderam o Prêmio Embratel de telejornalismo de 2010.

Da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2012, recebeu a Medalha João Ribeiro, concedida a quem se destaca na área da cultura.

DOCUMENTÁRIOS

Em 2010, dirigiu para o Canal Brasil o documentário Canções do Exílio, com depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé. Os artistas falaram sobre o tempo que moraram em Londres.

Também foi diretor do primeiro documentário de longa da Globonews, chamado Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças. O filme compila entrevistas gravadas ao longo da convivência com Joel Silveira, um dos maiores jornalistas brasileiros.

Já em 2013, novamente pela Globonews, dirigiu o documentário Dossiê 50: Comício a Favor dos Náufragos - com gravações em áudio e vídeo feitas com jogadores da seleção brasileira que enfrentaram o Uruguai na decisão da Copa de 1950, no Maracanã.

Dois anos depois, foi a vez do documentário Cordilheiras no Mar: a Fúria do Fogo Bárbaro, sobre a polêmica provocada por Glauber Rocha ao apoiar projeto de abertura política anunciado pelo general Ernesto Geisel.

Em janeiro desde ano, lançou pela GloboNews o documentário Boa Noite, Solidão, passado na pequena cidade do Sertão pernambucano. Geneton trata sobre a inversão da imigrição, com a opção pela permanência no Nordeste e o retorno de quem se frustrou ao tentar a vida no Sudeste.

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