Com o preço subindo nos açougues, a carne bovina virou um dos assuntos mais comentados na mesa dos brasileiros e nas redes sociais. Mas, para além dos famosos músculo, costela e picanha, quantos cortes de carne de boi você conhece? Sabia que pá, além de ser um utensílio utilizado para escavar ou remover, dá nome a parte mais larga e carnuda da perna da frente dos bovinos? Leia abaixo, nesta lista organizada pelo JC, os nomes e curiosidades dos principais cortes.
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Confira a reportagem:
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Cortes de carne bovina
Acém: é o corte constituído das massas musculares situadas entre o pescoço e o filé-da-costela, limitando-se, em sua porção inferior, com o corte da costela-do-dianteiro. É o maior e mais macio dos cortes dianteiros, precisa de bastante calor e umidade durante o processo de cozimento e fica boa em cozidos.
Contrafilé: é corte retirado da região lombar do boi, na altura dos rins. Por ser macia e magra, é própria para bifes assados e grelhados.
Coxão mole: também conhecido como chã de dentro, é o corte constituído das massas musculares da face interna do coxão, separado do patinho, do lagarto e do coxão duro. É bom para assados, ensopados e carne moída.
Coxão duro: também conhecido como chã de fora, é o corte constituído da massa muscular da face lateral do coxão, separado do lagarto. É um corte que tem fibras mais duras e precisa de um cozimento mais longo.
Lagarto: é o corte constituído da massa muscular localizada entre o coxão-duro e o coxão-mole. É próprio para assar.
Pá: é o corte constituído de massas musculares e bases ósseas correspondentes obtido da paleta por separação do músculo do dianteiro. É carne com muitos nervos e leva muito tempo para cozinhar.
Filé mignon: é a peça de carne extraída da ponta do lombo do bovino. Ideal para fazer picadinhos, estrogonofe e refogados.
Patinho: é o corte constituído das massas musculares da face anterior do coxão separado do coxão mole, do coxão duro e da maminha-da-alcatra. É uma carne magra, ideal para fazer bife a milanesa.
Alcatra: é o corte constituído das massas musculares compreendidas entre o lombo e o coxão. A alcatra pode ser subdividida nos cortes maminha da alcatra, picanha e coração da alcatra.
Cupim: é o corte constituído das massas musculares situadas dorsalmente ao acém. Essa carne tem sabor acentuado e pede cozimento lento.
Músculo: o dianteiro é pobre em gordura, mas rico em colágeno, o cozimento pede bastante calor e umidade, sendo indicado para sopas e carne de panela. O traseiro é de onde se extrai o ossobuco, que deve ser cozido lentamente.
Dicas de preparo
Alguns cortes são consumidos grelhados e temperados apenas com sal. Há os que são consumidos ensopados ou assados com batatas, mandioca e legumes e vários temperos e outros podem ser moídos para a preparação de molhos ou recheios.
A forma de preparo mais indicada para cortes com maior quantidade de gordura é assar, grelhar ou refogar; enquanto cortes com menos gordura podem ser utilizados no preparo de ensopados.
Como no caso dos demais alimentos, as carnes vermelhas devem ser preparadas com a menor quantidade possível de óleo e sal. Uma forma de reduzir o uso de sal no tempero dessas carnes é utilizar ervas como tomilho, sálvia e alecrim. As informações estão no Guia Alimentar para a População Brasileira.
Preço da carne bovina disparou
Somente no mês de novembro, as peças mais compradas pelos consumidores sofreram aumentos de cerca de 40% no mercado. O quilo da costela passou de R$ 11,99 para R$ 19,99; coxão subiu de R$ 24,99 para R$ 37,99; o patinho, que custava R$ 27,99, agora é encontrado por R$ 34,99. Já o tão querido filé mignon passou de R$ 45 para R$ 65. Com preços mais salgados, os churrascos das festas de fim de ano estão ameaçados. Os cortes mais disputados, como bananinha (R$ 29,99), fraldinha (R$ 32,99) e picanha (R$ 44,99) estão ficando esquecidos nas prateleiras.
Por causa de mais uma peste suína, o mercado chinês tem investido no aumento da produção de frangos e na importação de carne de porco e bovina. No caso da carne de boi, o Brasil é o único exportador com capacidade para suprir o mercado da China. Com isso, somente no mês de novembro, houve um aumento de 62% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2018.